Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Andrés, Roberto Rolim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-17012023-172844/
|
Resumo: |
Este trabalho aborda as razões das revoltas de 2013, em que grandes manifestações foram desencadeadas contra o aumento de tarifas de ônibus, por meio da análise das relações entre a vida urbana, os sistemas de mobilidade, a organização territorial e os arranjos políticos e econômicos no Brasil. Para isso, investiga a história urbana brasileira a partir do rodoviarismo e dos modos de operação do transporte público, sob a hipótese de que esses elementos são peças centrais das engrenagens que constituem formas de vida. Apresenta a tese de que o Brasil, desde a redemocratização, vem sendo marcado por duas tendências conflitantes: de um lado, a forma de vida privatista, herdada da ditadura e de nossa segregação histórica, operacionalizada por condomínios, shopping centers, automóveis, serviços particulares de educação, saúde e lazer; de outro, uma aspiração por formas de vida democráticas e baseadas em direitos, que teve força no momento da redemocratização e que ganhou impulso inédito durante o lulismo. O choque entre essas tendências teria resultado em uma série de conflitos, que se intensifcaram no início da década de 2010 e explodiram nas ruas de 2013. O trabalho busca também contribuir para a caracterização da constelação de lutas que se formou no período, bem como das manifestações de Junho, a partir do momento em que elas escaparam ao controle da esquerda organizada. Para isso, apresenta um banco de dados em que foram coletados e analisados mais de 6.000 cartazes expostos nas ruas. |