“#VemPraRua”: as manifestações de junho de 2013 em São Paulo e a nova esfera pública

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Gomes, Juliana Larissa de Laet [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/134387
Resumo: A partir de um histórico da relação da cidade de São Paulo com os meios de comunicação, que resgata facetas de nossa cultura política, de um apanhado conceitual que ilumina os vários significados pessoais e coletivos da comunicação mediada e de uma pesquisa empírica viva que destaca imagens, experiências e lugares das manifestações de junho de 2013, essa dissertação oferece uma contribuição teórica que descortina o elo entre as pequenas telas individuais e as grandes telas coletivas que são palco da ação política contemporânea. Investiga-se a constituição de uma nova esfera pública a partir da atuação nas tecnologias móveis de informação e comunicação, que são denominadas pequenas telas. Através das pequenas telas os indivíduos se colocam na esfera pública, a grande tela. Atuar no espaço público, nesse contexto, envolve estar presente em tais telas, mas isso não basta. Os novos meios de informação e comunicação, como ímãs, atraem os indivíduos para determinados locais que se tornam centrais na ação, ao mesmo tempo em que os espaços somente podem se tornar centrais e se constituírem como espaços públicos quando a ação neles ocorre. O registro da selfie, dos vídeos e dos relatos das experiências vividas no espaço público durante a ação política, feito através das pequenas telas, são ferramentas de atuação política através das quais os espaços da cidade são ressignificados numa relação íntima, porém mediada, do usuário com eles. Tal experiência é vivida, então, coletivamente nas grandes telas que são palco da ação política.