Que gigante acordou? Uma análise da participação nas manifestações de junho de 2013 dentro da dinâmica das crises mundiais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Ana Luiza da Rocha lattes
Orientador(a): Silva, Felipe Maia Guimarães da lattes
Banca de defesa: Magalhães, Raul Francisco lattes, Faria, Alessandra Maia Terra de lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/13136
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo analisar, especialmente sob a ótica da representação e da legitimidade, as crises que têm acometido as democracias contemporâneas, as quais têm sido contestadas por meio dos protestos que eclodiram pelo mundo e no Brasil, como foi visto nas manifestações de junho de 2013. A partir do estudo desses protestos, inclusive das características comuns que os ligam entre si, os aspectos da ação direta e das novas experiências de ativismo e participação saltam como um dos elementos mais autênticos e destacados dos processos de mobilização, demonstrando que o potencial democrático das ruas transborda as instituições e as desafia por meio da ação. Tendo em vista a crise de representação, de um lado, e o fortalecimento do potencial popular, de outro, é preciso destacar que, no Brasil, em particular, todos os processos políticos e econômicos, bem como sua cultura particular, fizeram com que, a partir da crise deflagrada pelas manifestações de junho de 2013, ascendessem forças conservadoras e liberais que, em prol de projetos próprios, podem ter reforçado o espírito crítico, já existente desde junho, do combate à corrupção, da desconfiança das instituições e do antipetismo. Assim, este trabalho é um esforço de interpretar umas das muitas facetas de um fenômeno político, econômico e social que ocorre no mundo e no Brasil, tendo um grande papel na crise do país, mas também na sua emancipação por meio de um processo contraditório que inaugura tanto formas inéditas de ativismo quanto métodos múltiplos e singulares de interpretação.