Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Huertas, Daniel Monteiro |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-04112013-130623/
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Resumo: |
O transporte rodoviário de carga é o objeto de estudo desta tese, que parte do pressuposto de que sua estruturação e organização no território brasileiro foram acompanhadas por um processo de seletividade espacial que privilegiou certos pontos e áreas em detrimento de outros, evidenciando uma rede gegráfica reveladora do uso do território. A hipótese ainda leva em conta o fato de que o transporte rodoviário de carga, a partir de meados dos anos 1990, inseriu-se em um momento de transformações estruturais e conjunturais condizentes com as variáveis do período histórico atual, consequência da globalização perversa que avassala o mundo com eventos hegemônicos que servem aos desígnios do capital. Pretendemos demonstrar que o transporte rodoviário de carga cria uma topologia própria, cuja configuração territorial é composta por linhas e nodais que em seu conjunto modelam uma rede geográfica capaz de expressar a interação e dissociação geográfica dos lugares intrínseca à formação socioespacial brasileira. Acreditamos que este caminho, baseado metodologicamente na divisão territorial do trabalho, nos circuitos da economia urbana e nos circuitos espaciais produtivos, proporcione uma leitura bastante interessante no que diz respeito ao uso diferenciado do território, evidenciando com mais força a hierarquia dos lugares e a correlação de forças entre os agentes que operam o transporte rodoviário de carga. Para corroborar esta ideia identificamos os nodais tidos como a expressão máxima da seletividade espacial do transporte rodoviário de carga e divididos em quatro níveis que, ao concentrar uma série de atributos geográficos produtores de funcionalidades, hierarquias e polarizações, ajudam a explicar a rede geográfica em questão. O ponto de partida é o que propomos chamar de polígono paulista, um nodal primário de força polarizadora única, responsável pela determinação das rotas, prazos de tempo de trânsito de carga e valor do frete de boa parte do país. Em seguida aparecem os nodais secundários polifuncionais, aqueles em que os circuitos espaciais de produção industrial são o suporte das atividades geradoras de carga, e monofuncionais, relacionados à especialização produtiva, situação geográfica e logística do comércio atacadista e distribuidor. O quarto nível agrega o conjunto dos nodais terciários, centros responsáveis pela distribuição de rotas microrregionais e intraurbanas em cidades intermediárias. Procuramos comprovar, ainda, que a modernização conservadora e as históricas e crônicas desigualdades regionais não podem ser explicadas alheias ao vertiginoso crescimento do transporte rodoviário de carga, em toda a complexidade que a temática implica. Em outras palavras, acreditamos que para compreender as contradições do Brasil no período atual é necessário um entendimento geográfico mais completo do enraizamento e capilaridade do modal rodoviário em apenas cinco décadas. |