Entre trilhos e rodas: fluidez territorial e os sentidos da circulação de mercadorias em Moçambique

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Jesus Neto, Antonio Gomes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-21122016-130715/
Resumo: Moçambique é historicamente conhecido por ser um território de escoamento da produção do hinterland da África Austral, principalmente dos seus vizinhos África do Sul, Suazilândia, Zimbabwe e Malawi. A orientação de suas ferrovias, construídas ao longo do período colonial da região, mostra um território divido por três redes ferroviárias distintas, ligadas cada uma delas a um dos principais portos moçambicanos (Maputo, Beira e Nacala), mas não interligadas entre si, conformando assim um território aparentemente pouco integrado e voltado ao seu exterior. Ainda que parte importante da circulação contemporânea de mercadorias em Moçambique continue a respeitar essa lógica extravertida, desde a independência do país, em 1975, o governo moçambicano vem reunindo esforços na tentativa de integrar seu território e configurar uma economia eminentemente nacional. Tal tarefa cabe, no que tange à circulação de mercadorias, ao modal rodoviário, através de inúmeras rodovias (quase nunca pavimentadas) e de diferentes operadores de transporte (desde empresas até motoristas autônomos e transportadores informais), que atuam não apenas na circulação interna de mercadorias, mas também naquela voltada ao exterior. Assim, com base na proposta de Milton Santos de compreender o espaço geográfico a partir de suas dimensões técnicas e político-normativas, esta dissertação busca fornecer um quadro da circulação de mercadorias em Moçambique, a partir de sua estruturação histórica e dos dois sentidos que a orientam no período contemporâneo a circulação extravertida e a circulação interna.