Análise da sobrevida em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Latorre, Luiz Carlos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-09032020-121655/
Resumo: Estudos epidemiológicos com análise multivariada de fatores prognósticos em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico ainda não foram publicados no Brasil. Assim sendo, o objetivo deste trabalho foi analisar os fatores de risco para a mortalidade, bem como para a perda da função renal, em uma coorte de pacientes com lúpus eritematoso sistêmico (LES). Uma coorte de 253 pacientes foi acompanhada em um hospital público do Município de São Paulo, por um período de 17 anos (1978-1995), de acordo com protocolo padronizado. Foram realizadas duas análises de sobrevida: a primeira foi a análise até o óbito e, a segunda, a análise da sobrevida até o surgimento da insuficiência renal terminal. As variáveis independentes foram as características demográficas desses pacientes, bem como as alterações clínicas e laboratoriais mais comumente relacionadas ao LES. O teste de associação pelo X2 foi realizado com o objetivo de avaliar a associação entre as variáveis independentes e o óbito. As curvas de sobrevida foram calculadas utilizando o método de Kaplan-Meier e os fatores de risco foram estimados pelo modelo de riscos proporcionais de Cox. Os fatores prognósticos para o óbito dos pacientes com LES foram a presença de insuficiência renal terminal (razão de riscos-HR=2, 73), de envolvimento pulmonar isolado (HR=2,94) ou associado com envolvimento cardíaco (HR=3,77) e a utilização de imunossupressor (HR=0,45). Os fatores prognósticos para o óbito dos pacientes com nefrite lúpica foram a presença de insuficiência renal terminal (HR=2,75) e a utilização de imunossupressor (HR=0,24). Os fatores de risco para o desenvolvimento de insuficiência renal terminal dos pacientes com LES foram a idade no início da doença entre 7 e 15 anos (HR=3,61), a presença de hipertensão arterial sistêmica (HR=5,21) e a presença de anemia hemolítica (HR=9,35). O fator de risco para a perda da função renal dos pacientes com nefrite lúpica foi a presença de alteração hematológica do tipo anemia hemolítica (HR=3,64) ou plaquetopenia (HR=6,69).