Urticária crônica espontânea em pacientes com lúpus eritematoso sistêmico juvenil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ferriani, Mariana Paes Leme
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5141/tde-09082016-164154/
Resumo: Introdução: Estudos avaliando a prevalência de urticária crônica espontânea (UCE) no lúpus eritematoso sistêmico juvenil (LESJ), assim como possíveis fatores associados são restritos a poucos relatos de caso. Objetivos: Avaliar a prevalência de UCE em uma população expressiva de LESJ, assim como sua possível associação com dados demográficos, manifestações clínicas, alterações laboratoriais, atividade/dano cumulativo da doença e tratamento. Métodos: Um estudo de coorte multicêntrico retrospectivo foi realizado em 10 serviços de Reumatologia Pediátrica provenientes do Grupo Brasileiro de Lúpus e incluiu 852 pacientes com LESJ. UCE foi diagnosticada de acordo com o guideline do EAACI/GA2LEN/EDF/WAO. Os pacientes foram divididos em dois grupos para a avaliação das manifestações clínicas atuais, assim como parâmetros laboratoriais e tratamento: pacientes que tiveram UCE (avaliados durante o diagnóstico da urticária) e pacientes sem UCE (avaliados na última consulta). Resultados: A presença de urticária foi observada em 10/852 (1,17%) pacientes com LESJ. A comparação entre os pacientes com LESJ com e sem UCE revelou uma maior frequência de sintomas constitucionais (40% vs. 8%, p=0,005), envolvimento do sistema reticuloendotelial (30% vs. 3%, p=0,003), sintomas mucocutâneos (90% vs. 28%, p < 0,0001), manifestações musculoesqueléticas (50% vs. 6%, p < 0,0001) e necessidade de pulso de metilprednisolona (60% vs. 8%, p < 0,0001) no grupo com UCE. A frequência do uso de imunossupressor foi menor nos pacientes com UCE (20% vs. 61%, p=0,017). As medianas do SLEDAI-2K (12 vs. 2, p < 0,0001) e do VHS (40 vs. 19 mm/1a hora, p=0,024), foram maiores nos pacientes com UCE. Conclusões: Este foi o primeiro estudo que evidenciou a possível relação da UCE com LESJ. A UCE aconteceu predominantemente no início do curso do LESJ e esteve associada com uma atividade de doença moderada/alta e sem envolvimento de órgãos nobres