Avaliação diagnóstica e prognóstica do ecocardiograma transtorácico na parada cardiorrespiratória por causas não arrítmicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Flato, Uri Adrian Prync
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98131/tde-08062015-083830/
Resumo: Introdução: A parada cardiorrespiratória intra-hospitalar (PCR-IH) é um problema de saúde pública com alta morbimortalidade em todo o mundo. Os casos de ritmos não chocáveis de PCR, como Assistolia e Atividade Elétrica sem Pulso (AESP), persistem inalterados nos últimos 30 anos. A despeito das atualizações das diretrizes de ressuscitação a cada 5 anos, não obtivemos sucesso no aumento da sobrevida desses pacientes. Há necessidade de fatores prognósticos e diagnósticos durante a PCR para auxiliar no aumento da chance de sobrevida desses pacientes e otimizar recursos disponíveis. O ecocardiograma transtorácico (ETT) fornece informações valiosas sobre diagnóstico e, possivelmente, sobre o prognóstico por meio de imagens em tempo real. Este estudo descreve a utilização do ETT em pacientes com PCR com ritmos não chocáveis (Assistolia ou AESP) em uma unidade de terapia intensiva de um hospital universitário. Tem como objetivos caracterizar os dois grupos, avaliar possíveis fatores prognósticos no retorno à circulação espontânea (RCE), bem como avaliar a sua sobrevida. Métodos: O ecocardiograma transtorácico realizado por médicos intensivistas treinados para o método foi inserido no protocolo de suporte avançado de vida. Trata-se de uma coorte prospectiva que incluiu 49 pacientes, sendo 32 (65%) em AESP e 17 (35%) em Assistolia. Resultados: Pacientes com AESP têm mais chances de reverterem RCE do que os pacientes em assistolia (RR=2,66; IC95% [1,22;6,52]; p=0,033). Os pacientes Pseudo-DEM (contratilidade presente e sem pulso central) respondem melhor à reversão (RR=2,99; IC95%[1,22;7,29]; p=0,016). A sobrevida desses pacientes também é maior (HR=0,47; IC95% [0,24; 0,91]; p=0,025). Conclusão: A presença de contratilidade miocárdica pode ser um fator prognóstico a curto e longo prazo durante a PCR.