Assimetria facial em mulheres adultas: uma abordagem sobre força de mordida, distribuição de contatos oclusais e espessura dos músculos masseter e temporal

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Fernandes, Anna Luísa Alves
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58138/tde-04112024-181316/
Resumo: Uma discreta assimetria facial não patológica geralmente passa despercebida e é frequentemente vista como uma variação da normalidade. No entanto, devido à natureza subjetiva da estética facial, determinar seu significado clínico para o sistema estomatognático pode ser um processo desafiador. Desta forma, o objetivo deste estudo observacional transversal foi analisar a força de mordida molar, distribuição de contatos oclusais e a espessura dos músculos masseteres e temporais de mulheres simétricas e com leve assimetria facial não patológica. A amostra consistiu em 42 mulheres com idades entre 18 e 30 anos que passaram por avaliação facial para identificar a presença ou ausência de leve assimetria facial não patológica. Essa avaliação foi realizada utilizando estereofotogrametria com o equipamento Vectra M3®, com base nos valores de Root Mean Square (RMS). A partir dos dados da análise facial, as participantes foram distribuídas em dois grupos: mulheres com face simétrica (n=21) e mulheres com leve assimetria facial não patológica (n=21). Os grupos foram submetidos às seguintes análises do sistema estomatognático: força de mordida molar máxima (direita e esquerda) utilizando o dinamômetro digital (Kratos®); distribuição da força de contato oclusal por hemiarcadas e primeiros molares permanentes, analisada digitalmente pelo T-Scan® III e espessura dos músculos masseteres e temporais avaliada por meio de imagens ultrassonográficas em repouso e contração voluntária máxima utilizando o equipamento Sonosite® Nano Maxx com transdutor linear de 13 MHz. Os dados foram tabulados e submetidos ao teste t com alfa de 5%. Os resultados indicaram que não houve diferenças significantes na força de mordida molar máxima entre os grupos, mas durante a observação clínica dos resultados, o grupo de mulheres com leve assimetria não patológica mostrou menor força de mordida. Quanto à espessura dos músculos masseter e temporal, não houve diferenças significantes entre os grupos na tarefa de repouso e contração voluntária máxima, porém, na análise clínica, o músculo masseter foi mais espesso que o temporal em ambos os grupos, sendo mais espesso no grupo de leve assimetria não patológica em relação ao grupo simétrico. A distribuição de contatos oclusais não apresentou diferenças significantes entre os grupos, mas durante a percepção clínica, o grupo com leve assimetria não patológica mostrou menor distribuição nos contatos oclusais dos primeiros molares permanentes e uma distribuição mais acentuada na hemiarcada esquerda quando comparada com o grupo simétrico. Os resultados indicaram que, embora não existam diferenças significantes, o entendimento clínico revelou que o grupo de mulheres com leve assimetria não patológica demonstrou alterações morfofuncionais, ressaltando a importância de considerar cuidadosamente a observação clínica minuciosa do sistema estomatognático durante a realização de procedimentos reabilitadores e estéticos.