Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Dias, Taiana de Melo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-26032010-163552/
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Resumo: |
A DTM agrupa um número de sinais e sintomas envolvendo os músculos da mastigação, a ATM e estruturas associadas. Estudos epidemiológicos relatam que tais sinais e sintomas podem ser encontrados em todas as faixas etárias, inclusive na infância e na adolescência. A hipertonicidade muscular, assim como a fraqueza dos músculos mastigatórios, estão associadas à DTM, e seu monitoramento é uma forma de verificar as condições do sistema estomatognático. Considerando-se que qualquer desequilíbrio entre os elementos do sistema estomatognático pode repercutir na harmonia morfofuncional de uma criança ou adolescente, o objetivo do presente trabalho foi analisar a atividade eletromiográfica e a espessura muscular dos músculos masseter e temporal e a força de mordida molar máxima de crianças com diferentes graus de severidade de DTM, e comparar com as avaliações resultantes de crianças que não apresentam sinais e sintomas desta disfunção. Foram avaliados 93 indivíduos, entre 7 e 11 anos de idade, em atendimento na FORP-USP. Com base no Índice de Disfunção Clínica de Helkimo e nos critérios de inclusão e exclusão, foram constituídos 4 grupos, (G1 controle, G2 DTM leve, G3 DTM moderada, G4 DTM severa), somando um total de 45 crianças. Os registros eletromiográficos foram realizados durante o repouso e atividades que envolveram a participação ativa da musculatura mastigatória, por meio de um eletromiógrafo MyoSystem-I. Para a análise da espessura muscular, foi utilizado o equipamento de ultrassonografia SonoSite Titan Nacionalizado com transdutor linear 56 mm de 10 MHz. A força de mordida foi obtida por meio de um dinamômetro modelo IDDK, com capacidade de 100 Kgf, adaptado para a condição bucal. Os dados eletromiográficos normalizados e os dados ultrassonográficos e da força de mordida foram tabelados e analisados estatisticamente pela ANOVA. Para a força de mordida, utilizou-se o teste t para estabelecer possíveis diferenças entre os lados direito e esquerdo (SPSS - p<0,05). Os resultados mostraram que a atividade eletromiográfica de crianças com sinais e sintomas de DTM foi menor que em crianças sem sinais e sintomas desta disfunção. Nas condições clínicas de repouso e lateralidades direita e esquerda houve diferença estatisticamente significante (p<0,05), entre os grupos analisados, para o músculo temporal esquerdo, e na MIH para os músculos masseter esquerdo e temporal esquerdo. A espessura dos músculos avaliados por meio da ultrassonografia não apresentou diferenças estatisticamente significantes entre os grupos. A força de mordida molar máxima foi maior nos grupos que apresentaram DTM leve e moderada e menor no grupo com DTM severa. Os valores obtidos para a força de mordida molar máxima esquerda foram significantes (p<0,05) entre os grupos analisados, mas, na comparação entre os lados, os dados não foram estatisticamente significantes. Assim, conclui-se que a severidade dos sinais e sintomas de DTM refletiu na atividade eletromiográfica, mas não gerou mudanças estruturais na musculatura mastigatória. Nos períodos iniciais da DTM, os indivíduos apresentaram uma força de mordida relativamente maior que os indivíduos normais durante a mastigação e houve uma diminuição da magnitude desta força, resultante da sintomatologia dolorosa, nos casos mais severos. |