Estabilidade de fraturas intra-articulares da extremidade distal do rádio utilizando placas volares bloqueadas com parafusos unicorticais e bicorticais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Neder Filho, Antonio Tufi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17142/tde-29032018-113034/
Resumo: A alta frequência das fraturas da extremidade distal do rádio estimula o contínuo estudo e desenvolvimento dos métodos de tratamento, buscando melhor qualidade de vida com menos sequelas e limitações. A placa volar bloqueada tem se tornado o método de escolha no tratamento nos últimos anos. Menos morbidade e a reabilitação mais precoce têm aumentado muito a utilização dessas placas. Esse método, contudo, não é isento de complicações. As mais frequentes estão relacionadas aos tendões extensores. Tendinites e rupturas têm sido relatadas. Com o objetivo de se proteger os tendões extensores, estudos têm sugerido a utilização de parafusos unicorticais na parte distal da placa e recomendam que os mesmos tenham pelo menos 75% do comprimento do parafuso bicortical. Esses estudos são restritos a fraturas extra-articulares. Esta pesquisa objetivou estudar e comparar as propriedades mecânicas dos modelos fixados com placas volares utilizando parafusos unicorticais e bicorticais em fraturas intra-articulares da extremidade distal do rádio classificadas como AO 23C3 sob cargas fisiológicas e a possibilidade de recomendar o parafuso unicortical na prática clínica. Objetivou também comparar, pelo método dos elementos finitos, as tensões geradas nos modelos após diferentes carregamentos com validações realizadas com os resultados dos ensaios mecânicos. Foram avaliados 42 modelos divididos em seis grupos de sete modelos, três com parafusos unicorticais e três com parafusos bicorticais. Cada grupo foi submetido a um único tipo de ensaio: compressão axial, flexão dorsal e flexão volar. Foram feitos dois ensaios estáticos intercalados por um carregamento cíclico e por último um ensaio até a falência. Os resultados demonstraram similaridade entre os respectivos grupos e confirmaram nossas hipóteses de que: a) o comportamento mecânico do modelo utilizando parafusos unicorticais é equivalente ao modelo usando parafusos bicorticais; b) o carregamento cíclico afeta o comportamento mecânico dos modelos das fixações das placas volares bloqueadas na extremidade distal do rádio. A análise por elementos finitos mostrou que as fixações unicortical e bicortical não resultaram em qualquer região de concentração de tensão crítica, sendo as duas indicadas para a estabilização de fraturas do rádio.