Avaliação volumétrica do côndilo pré e pós osteotomia sagital bilateral de mandíbula com fixação híbrida

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Oliveira, Marco Aurélio Rodrigues de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-18102016-115117/
Resumo: A fixação híbrida do ramo mandibular é uma combinação de duas técnicas já anteriormente descritas na literatura e que oferecem bons resultados. A primeira delas é a fixação realizada por meio de miniplacas e parafusos monocorticais e a segunda é a fixação realizada por meio de parafusos bicorticais, buscando combinar os pontos positivos de cada uma delas com a finalidade de obter um resultado satisfatório para o paciente. A osteotomia sagital bilateral de mandíbula (OSBM) pode alterar a posição do côndilo na cavidade glenoide, ocasionando uma recidiva no posicionamento esquelético e muscular. O aumento na incidência de desordens temporomandibulares e reabsorções ósseas na cabeça do côndilo são fatores que devem ser investigados, assim como a relação entre esses fatores e o tipo de osteossíntese empregada. O presente estudo teve como objetivo comparar e quantificar o volume do côndilo mandibular antes e após a OSBM com fixação híbrida. A amostra foi composta por 20 pacientes (n=40) de ambos os sexos e com idades entre 18 e 30 anos que foram submetidos à cirurgia ortognática bimaxilar no período entre 2012 e 2014 no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo (HRAC-USP). Os pacientes foram submetidos ao exame de tomografia computadorizada de feixe cônico (TCFC) nos períodos pré e pós-operatório à cirurgia ortognática. As aquisições das imagens tomográficas foram feitas no tomógrafo de feixe cônico (i-CAT®, Award-Winning Cone Beam 3D Dental Imaging) do setor de Radiologia do HRAC-USP, sendo realizada a mesma técnica tomográfica para todos os pacientes. O procedimento cirúrgico foi realizado em todos os pacientes pelo mesmo cirurgião e por meio da mesma técnica cirúrgica. Foi realizada a osteotomia sagital bilateral de mandíbula modificada por Arnett (1993) e a fixação de todas as mandíbulas foi realizada com a técnica híbrida. Os exames de TCFC foram importados pelo Mimics® (Medical Image Segmentation for Engineering on AnatomyTM), o qual analisou-as obtendo assim a variação volumétrica bilateral do côndilo mandibular. Para diminuir a possibilidade de erros, todas as tomografias foram avaliadas pelo mesmo examinador, o qual foi previamente calibrado. Para a calibração e cálculo do erro do método, foram utilizadas 20 hemimandíbulas medidas duas vezes com um intervalo de sete dias, obtendo assim o coeficiente de correlação interclasse (ICC), cujo valor foi de 0,99. Os resultados sugerem uma atividade de remodelação óssea no côndilo, com áreas de reabsorção e de neoformação óssea, sendo encontrada uma média de 5,20% de reabsorção. A análise estatística por meio do teste t pareado mostra que houve diferença estatisticamente significante (p<0,05). O cálculo do poder da amostra resultou num valor de 0,96. Apesar de possuir muitos recursos e possibilitar uma forma intuitiva de segmentação e mensuração dos exames de TCFC através da reconstrução em 3D, o Mimics® apresenta algumas limitações, como a dificuldade de padronização dos valores dentro da escala de Hounsfield e a dificuldade de delimitação do limite inferior do côndilo no plano axial, possibilitando uma mensuração volumétrica mais precisa. Em vista da metodologia empregada neste estudo, pode-se concluir que existe remodelação óssea significativa após a osteossíntese com fixação híbrida da osteotomia sagital bilateral de mandíbula, não associada a distúrbios da articulação temporomandibular