Avaliação tridimensional das alterações do lábio superior após osteotomia Le Fort I de maxila em pacientes com fissura transforame unilateral

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Dias, Bruno Santos de Barros
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: Cirurgia ortognática; Cleft lip; Cleft palate; Fissura de palato; Fissura labial; Orthognathic surgery; Tomografia; Tomography
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-28102021-115646/

A cirurgia ortognática é parte integrante do tratamento do paciente com fissura labiopalatina. Além de promover ganhos funcionais, na fala e na mastigação, esta cirurgia tem como objetivo melhorar a estética facial. No entanto, em função das cicatrizes presentes decorrentes das cirurgias primárias, a cirurgia combinada de maxila e mandíbula frequentemente falha em restabelecer um equilíbrio estético, principalmente na avaliação de perfil do paciente, podendo gerar resultados insatisfatórios. Desta forma, a habilidade em prever a resposta dos tecidos moles frente ao movimento ósseo na ocasião do planejamento é fundamental para que se alcance melhores resultados. Vinte pacientes foram incluídos no estudo e divididos em dois grupos. Dez pacientes sem fissura labiopalatina foram colocados no grupo controle e dez pacientes com fissura transforame unilateral foram incluídos no grupo experimental. O presente estudo teve como objetivo comparar, através de avaliação tridimensional, as alterações do lábio superior nos dois grupos de pacientes submetidos a cirurgia de maxila do tipo Le Fort I associado ou não a osteotomia de mandíbula. Modelos tridimensionais do incisivo central superior, parede anterior da maxila e lábio superior foram obtidos a partir de tomografia computadorizada de feixe cônico do pré e pós-operatório, com auxílio dos programas Dolphin Imaging®, ITK-SNAP® e Geomagic Qualify®. Atraves das mudancas ocorridas nas coordenadas X, Y e Z do centroide dos objetos de estudo relacionandoas com as estruturas iniciais, pode-se observar as movimentacoes ocorridas. O teste t de amostras independentes mostrou que nao houve diferenca estatisticamente significativa quanto ao deslocamento da maxila nos grupos avaliados. E o teste Anova para medidas repetidas demonstrou que não houve diferença estatisticamente significativa quanto a resposta do lábio em relação ao movimento dento-esqueléticos nos grupos estudados. Pode-se concluir que o método utilizado foi capaz de avaliar de forma tridimensional as alterações no lábio superior em pacientes sem e com FLP submetidos a osteotomia de maxila do tipo Le Fort I. A resposta do lábio foi percentualmente menor nos pacientes com FLP quando comparados com os pacientes sem FLP tanto no aspecto sagital quanto no vertical. Quando comparado o lado com e sem fissura no paciente com FLP, observou-se uma resposta menor no lado acometido pela fissura tanto no sentido sagital quanto no vertical.