Relação entre preferência termal, taxa metabólica e desafio imunológico por lipopolissacarídeo de bactéria gram-negativa (LPS) em Rhinella icterica (Anura: Bufonidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Moretti, Eduardo Hermógenes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-26082016-094959/
Resumo: Anfíbios tem a habilidade de manifestar febre comportamental em ambientes heterotermais durante infecção a um custo metabólico associado à elevação da temperatura corpórea e à ativação do sistema imune. Apesar do custo metabólico, a temperatura corpórea febril otimiza a resposta imune no combate à infecção e aumenta as chances de sobrevivência do indivíduo. Contudo, devido à limitada capacidade de termorregular, os anfíbios enfrentam variações diárias e sazonais na temperatura corpórea e na resposta metabólica de reação à infecção. O nosso objetivo foi medir a variação da resposta metabólica à infecção dentro da variação de temperaturas ecológicas relevantes do sapo Cururu. Testamos a hipótese de que a infecção aumenta as taxas metabólicas do sapo Cururu, mas o custo energético da resposta imune deve ser menor na temperatura febril dos sapos infectados. Para testarmos as hipóteses, nós medimos a temperatura operacional dos sapos no campo, a preferencia termal dos sapos hígidos e a temperatura preferencial dos sapos infectados. Depois, medimos a taxa metabólica e a resposta metabólica dos sapos antes e depois da infecção por LPS nessas temperaturas. Nossos resultados mostraram que as temperaturas ecológicas relevantes dos sapos variaram entre 17°C e 26°C. A temperatura influenciou a taxa metabólica dos sapos, mas só na temperatura preferencial dos sapos hígidos houve custo metabólico associado à infecção. Contudo, na temperatura corpórea dos sapos infectados a resposta metabólica de reação à infecção foi menor, indicando que o controle regulado no ponto de ajustes \"set-point\" da temperatura corpórea durante a infecção coevoluiu com um custo energético otimizado da resposta imune