Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Lopez, Vinicius Marques |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59131/tde-16072024-101810/
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Resumo: |
As cores nos animais podem estar sujeitas aos efeitos de processos evolutivos e ecológicos inerentes a estratégias para evitar a predação. Nesse contexto, a luminosidade ambiental e a capacidade visual de predadores e outros observadores promovem as condições evolutivas e ecológicas para que essas estratégias evoluam e sejam mantidas. Na presente tese, buscamos aprofundar nesse campo teórico do estudo da coloração animal analisando a coloração de Mutillidae sob uma perspectiva eco-evolutiva. No primeiro capítulo, exploramos os fatores ambientais que moldam a evolução de uma estratégia de cor antipredatória (i.e., manchas conspícuas) em formigas-feiticeiras. Os resultados sugerem que a presença de manchas conspícuas no gênero Dasymutilla depende das condições de luz ambiental, enquanto o generalismo de habitat e a diversidade de predadores têm influência limitada. A seguir, estudamos a coloração das formigas-feiticeiras na perspectiva de observadores i.e., predadores e hospedeiros em diferentes contextos de luminosidade ambiental. Resultados de espectrometria óptica e modelagem visual sugerem que a detectabilidade é afetada pela luminosidade ambiental, mas também depende do sistema visual do observador. No terceiro capítulo, apresentamos a descoberta inédita de cores ultraescuras em formigas-feiticeiras. Os resultados mostram que a microestruturação e melanização da cutícula atuam como antirefletores e como absorbantes. Modelagens visuais sugerem que os padrões de cores ultraescuras e listras brancas podem estar relacionadas a camuflagem em diferentes contextos luminosos. O quarto capítulo é parte de um experimento global que visa compreender como as estratégias de cores aposemáticas e crípticas se relacionam com o ambiente luminoso. Os resultados para o Brasil sugerem que as estratégias aposemáticas e crípticas apresentam sobrevivência diferentes em dois ambientes luminosos. Finalmente, concluímos a tese com uma reflexão crítica sobre as abordagens tradicionais de estudos de coloração animal. Em conjunto, os resultados desta tese destacam a importância dos fatores ambientais na condução da evolução das cores em formigas-feiticeiras. |