Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gonçalves, Flávio da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97138/tde-28112019-171647/
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Resumo: |
Nos últimos anos, nossa sociedade tem testemunhado inúmeras modificações em seu modo de vida consequentes das aplicações do conhecimento científico. Com a crescente de meios de acesso à internet e a entrada dos smartphones e aplicativos de comunicação no cotidiano de nossa sociedade, a comunicação, o acesso e a propagação de informações tornaram-se cada vez mais rápidas e abrangentes. E em uma época de franco desenvolvimento tecnológico e científico, não é raro se deparar com notícias e fatos ligados a possíveis descobertas científicas ou que ao menos tentam vender a ideia de possuírem embasamento científico justamente por conta da grande influência que a ciência possui em nosso cotidiano. Entretanto, por paradoxal que possa parecer, a prática científica pode passar desapercebida e ser tratada como desconhecida da população em geral. A importância do trabalho científico, desde as pesquisas teóricas até a ciência aplicada, por vezes fica reduzida a possibilidade de lucro financeiro que a descoberta pode trazer, isto é, a ciência é comumente tratada como um gasto, e não como um investimento. Nesse contexto, insere-se a escola básica, que por questões curriculares, mercadológicas ou filosóficas, não dá conta de inserir e de discutir a prática científica e os elementos que a definem no contexto escolar dos alunos. Assim, a formação da cultura científica pode ser deficitária, formando cidadãos que não conseguem aplicar esses elementos em seu cotidiano ou simplesmente não compreendendo a relevância que o conhecimento científico possui. Portanto, estratégias que desenvolvam o nível de cultura científica e permitam identificar as visões de ciência que os alunos possuem é fundamental para a formação de cidadãos informados de como ocorre a produção científica e quais são as implicações dos conhecimentos científicos nas mais diversas esferas do cotidiano. Neste trabalho, realizou-se a estruturação de um modelo que identificasse as tendências de visões de ciência dos alunos e o nível quantitativo de elementos de cultura científica propostos neste trabalho para a formulação e a aplicação de uma sequência didática de introdução a natureza da ciência. Os resultados apontam a tendência dos alunos pesquisados em considerar a prática científica como generalista, com alguma interferência da sociedade sob o cientista ao mesmo tempo em que indicam um conhecimento superficial acerca da epistemologia científica, do trabalho do cientista e das relações e interferências que o saber científico possui na sociedade. A leitura e a discussão de textos de divulgação científica mostraram-se promissores para o aumento da presença de elementos da cultura científica e, consequentemente, para a formalização, por parte dos alunos, de suas próprias visões epistemológicas. |