Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Gisnaldo Amorim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-07122007-160508/
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Resumo: |
Esta tese versa sobre as potencialidades da divulgação científica como literatura para o ensino de ciências. Fundamenta-se em autores que contribuem para problematizar a divulgação científica, como Ana Maria Sanchéz Mora, José Reis, João Zanetic, Mônica Teixeira e Ângelo Machado. Fundamenta-se, também, nos pressupostos de uma educação humanizadora e ancora-se, quanto a esse aspecto, nas contribuições de Paulo Freire. Para reflexão sobre o resgate do sentido do trabalho escolar, foram fundamentais as contribuições de Bernard Charlot. A partir das reflexões geradas pelo diálogo com a bibliografia consultada, a discussão prioriza obras que têm como centralidade uma concepção de ciência pautada pela presença de contradições e conflitos, uma ciência inserida no plano da cultura e compreendida como processo vivenciado por cientistas - sujeitos também inseridos em contextos - uma ciência, portanto, marcada por dilemas humanos. Diferenciando a divulgação científica canônica da divulgação científica não canônica, este trabalho realiza uma análise de narrativas presentes em obras não canônicas de literatura, a saber, 2001- odisséia no espaço, de Arthur Clarke, O dilema do bicho-pau, de Ângelo Machado, Contato, de Carl Sagan e Os meninos da Planície, de Cástor Cartelle. Na análise das obras foram priorizadas as contribuições específicas para a compreensão da ciência como produção cultural e das potencialidades humanizadoras que tem o ensino de ciências voltado para compreensão de aspectos da subjetividade humana e dos conflitos da existência. Nas obras analisadas, foi possível perceber uma ênfase narrativa tipicamente mitológica, marcada por situações conflitantes, em, por exemplo, se realiza a polarização entre medo e encanto, desejo e possibilidade, sonho e experiência. Foi possível localizar também uma opção narrativa pela imaginação criadora, pela capacidade humana e por sua potencialidade criativa, elementos que são, nesse caso, motes fundamentais para reflexão sobre a vida humana e também sobre a ciência; uma ciência produzida a partir de injunções sociais e contextuais, levada a cabo por pessoas reais, também, portadoras de uma dimensão humana e subjetiva. Nas obras selecionadas, foi possível perceber uma provável contribuição para renovação do ensino de ciências, pois sua centralidade recai sobre a reflexão acerca da humanização dos sujeitos e não sobre a transmissão de conteúdos da ciência, embora essa dimensão, a da formação científica, esteja inequivocamente presente em todas elas, sem prejuízos. |