Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1978 |
Autor(a) principal: |
Moura, Marcio Pompéia de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20220208-010827/
|
Resumo: |
O presente trabalho constou de 2 ensaios que objetivaram, o primeiro determinar até que nível percentual o farelo de algodão poderia participar da ração de crescimento e acabamento para suínos sem causar efeitos negativos na performance ou na qualidade da carcaça e o segundo, estudou o efeito da adição de 0,2 e 0,4% de lisina a duas rações, uma tendo como fonte protéica apenas o farelo de algodão e a outra possuindo uma mistura de 75% de farelo de algodão e 25% de farelo de soja. No Ensaio I foram utilizados 30 leitões machos castrados mestiços (Three Cross) das raças Large White x Landrace x Wessex. O delineamento estatístico utilizado foi o de blocos ao acaso sendo os animais distribuídos de acordo com o peso em 6 blocos com 5 tratamentos, onde o farelo de algodão constituiu 0, 25, 50, 75 e 100% da fonte protéica respectivamente para os tratamentos 1, 2, 3, 4 e 5. O período experimental foi de 91 dias e os pesos médios inicial e final foram respectivamente 23,57 e 91,14 kg. A ração e água foram fornecidas à vontade. As rações possuíam 16% de proteína bruta para o período de crescimento e 13% para o período de acabamento. Após 91 dias de ensaio foi observado que: o aumento de percentagem do farelo de algodão na ração durante o período total resultou em efeitos lineares para ganho de peso (P<0,05) e quadrático (P<0,05) para conversão alimentar, ambos negativos. Na análise da variância uma pior conversão foi observada para os tratamentos com maiores quantidades de farelo de algodão sendo o tratamento 5 significativamente inferior (P<0,05) aos demais. As regressões não mostraram efeito significativo dos tratamentos sobre o rendimento e o comprimento da carcaça. O farelo de algodão causou no entanto efeito linear sobre a espessura do toicinho (P<0,05), percentagem do pernil (P<0,01) e área do olho de lombo (P<0,01) prejudicando a qualidade da carcaça nas 3 características estudadas. A percentagem de pernil no tratamento com 100% de farelo de algodão (tratamento 5) foi inferior aos demais (P<0,05) sendo que o tratamento 4, com 75% de farelo de algodão não diferiu dos tratamentos 1 e 3 respectivamente com 0% e 50% de farelo de algodão mas sim do tratamento 2 com 25% (P<0,05). Quando o farelo de algodão representou 100 % de fonte protéica (tratamento 5) houve efeito negativo sobre a área do olho de lombo sendo que este tratamento diferiu significativamente dos demais (P<0,05). No Ensaio II foram utilizados 28 leitões machos castrados mestiços (Three Cross) das raças Large White x Landrace x Wessex em um delineamento estatístico de blocos ao acaso distribuídos de acordo com o peso dos animais em 4 blocos com 7 tratamentos. O período experimental foi de 91 dias e os pesos médios iniciais e finais foram respectivamente 18,75 e 87,16 kg. A forma de arraçoamento, pesagens, percentagens de proteína bruta das rações, foram semelhantes do Ensaio I. Os tratamentos que tiveram como variáveis a fonte protéica, e o nível de lisina, foram os seguintes: T1 - farelo de soja; T2 - farelo de algodão; T3 - farelo de algodão + 0,2% de lisina; T4 - farelo de algodão + 0,4% de lisina; T5 - 75% de farelo de algodão + 25% de farelo de soja; T6 - 75% de farelo de algodão + 25% de farelo de soja + 0,2% de lisina; T7 - 75% de farelo de algodão + 25% de farelo de soja + 0,4% de lisina. A adição de lisina resultou em efeito linear positivo (P<0,01) sobre o ganho de peso e consumo de ração nos tratamentos contendo farelo de algodão como única fonte proteica, sendo que para a conversão alimentar o efeito foi quadrático (P<0,05) positivo. A adição de 0,4% de lisina na ração resultou em desempenho superior de ganho de peso que a adição de 0,2%, sendo este tratamento melhor do que o tratamento sem adição de aminoácido. Para conversão alimentar e consumo de ração com 0,2% e 0,4% não diferiram significativamente entre si mas superaram significativamente (P<0,05) o tratamento 2 sem adição de lisina. Quando a fonte protéica foi constituída de 75% de farelo de algodão e 25% de farelo de soja, a adição de 0,2% de lisina (tratamento 6) melhorou o consumo (P<0,05). A adição de 0,4% de lisina melhorou a conversão alimentar (P<0,05) em relação ao tratamento sem adição de lisina (tratamento 5). Entre as características de carcaça estudadas, somente a área do olho de lombo mostrou um efeito linear positivo significativo (P<0,05) devido a adição de lisina, sendo que as médias da área do olho de lombo dos tratamentos com 0,2% e 0,4% de lisina adicional foram maiores significativamente (P<0,05) que a média do tratamento 5 sem adição de lisina, mas não foram diferentes entre si. Dentro das condições do presente trabalho os resultados dos 2 ensaios indicaram que o farelo de algodão como fonte exclusiva de proteína para suínos em crescimento e acabamento deve ser suplementada com 0,4% de lisina, podendo ainda constituir 75% da fonte protéica sendo a suplementação neste caso de 0,2% de lisina. |