Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1982 |
Autor(a) principal: |
Menten, José Fernando Machado |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-162815/
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Resumo: |
Com a finalidade de avaliar a alteração nos níveis de aminoácidos do milho Piranão causada pela introdução do gene opaco-2 e comparar o valor nutricional das cultivares normal e opaco-2, foi realizado um experimento com suínos em crescimento-terminação. Foram utilizados 24 leitões (12 machos e 12 fêmeas), sendo 12 mestiços Landrace-Duroc e 12 mestiços Landrace-Wessex, com peso médio inicial de 17,52 kg. A esses leitões, de acordo com grupo racial, peso, sexo e ninhada foram aplicados 4 tratamentos, com 3 repetições por tratamento e com 2 animais por unidade experimental (parcela). O experimento foi instalado segundo o delineamento de blocos casualizados. A duração do período experimental foi de 112 dias, sendo de 56 dias a fase de crescimento (até 54,43 kg de peso médio) e de 56 dias a fase de terminação (até 91,07 kg de peso médio). Os tratamentos foram os seguintes: T1 - Ração controle, com milho Piranão normal e farelo de soja, com níveis padrões de proteína: 16,0% PB na fase de crescimento e 13,0% PB na fase terminação; T2 - Ração com milho Piranão opaco-2 e farelo de soja, com níveis padrões de proteína (idem T1); T3 - Ração com milho Piranão normal e farelo de soja, com níveis baixos de proteína: 14,0% PB na fase de crescimento e 11,0% PB na fase de terminação; T4 - Ração com milho Piranão opaco-2 e farelo de soja, com níveis baixos de proteína (idem T3). Todas as raçoes foram suplementadas com vitaminas e minerais para atender às exigências dos animais, de acordo com as normas do NRC (1979), e foram fornecidas à vontade em comedouros automáticos. Os níveis de proteína bruta e lisina nos grãos das cultivares Piranão normal e Piranão opaco-2 foram, respectivamente, 9,20 e 0,26% e 10,90 e 0,47%. Além de ter apresentado um teor de lisina 80% superior, o material opaco-2 mostrou valores mais elevados dos aminoácidos essenciais triptofano, treonina, arginina, valina e histidina embora fosse mais pobre em metionina, leucina e fenilalanina. Os resultados obtidos foram, respectivamente, para os tratamentos T1, T2, T3 e T4: ganho médio diário de peso: 0,689, 0,713, 0,608 e 0,617 kg: consumo médio diário de ração: 2,32, 2,35, 2,19 e 2,11 kg e conversão alimentar média: 3,37, 3,30, 3,61 e 3,42. O desempenho dos animais não foi significativamente (P < 0,05) afetado pelos tipos de milho, embora o milho opaco-2 tenha mostrado um comportamento ligeiramente superior ao normal quanto ao ganho de peso e conversão alimentar. Os valores médios das características de carcaça ajustados para o mesmo peso de abate foram, para os tratamentos T1 a T4, respectivamente: rendimento de carcaça: 80,1, 80,9, 78,9 e 80,5%; porcentagem de pernil: 31,8, 32,9, 30,8 e 31,8%; comprimento de carcaça: 94,1, 94,1, 96,8 e 96,3 cm; espessura de toicinho: 3,39, 3,25, 3,40 e 3,05 cm; área de olho de lombo: 27,03, 32,12, 27,47 e 29,46 cm2 e relação carne-gordura: 1,02, 1,01, 1,07 e 0,85. Com exceção da área de olho de lombo, as demais características de carcaça não foram significativamente afetadas (P < 0,05) pelos tipos de milho. A área de olho de lombo foi superior (P < 0,05) nos animais que receberam milho opaco-2, sendo que a diferença foi mais evidente quando foram comparados os tratamentos com nível padrão de proteína (P < 0,05). Os resultados evidenciaram, ainda, que o uso de milho opaco-2 foi vantajoso pois permitiu uma redução de cerca de 4% na quantidade de farelo de soja nas raçoes, reduzindo o seu custo. |