Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Guilherme da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8133/tde-07102022-164045/
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Resumo: |
O propósito central desta tese é analisar e construir uma resposta para a seguinte questão: como ou por que o sensualismo poético de Nietzsche transforma-se em pathos dominante em O nascimento da tragédia (Die Gerburt der Tragödie)? Na continuidade, temos a seguinte hipótese: há como justificar a ideia de que a poética é o sentimento dominante nessa obra nietzschiana? Na busca da resolução para tal questão, salientamos, de antemão, que não produziremos um estudo rente ao texto, onde teríamos de dar conta com fidelidade da influência dos pensamentos de Schopenhauer, de Hegel, de Kant e de Wagner em nosso filósofo. Optamos por elaborar um recorte que prioriza o sensualismo poético como pathos dominante, considerando a metafísica enquanto intuição poética e o conhecimento enquanto instinto. Assim, na construção de nossa tese, tomamos como referências principais as traduções espanholas de O nascimento da tragédia (2009a), tradução de Andrés Sánchez Pascual, especificamente, dos sete primeiros parágrafos; e Fragmentos póstumos (2010), tradução de Luis Enrique de Santiago Guervós. Além desses dois textos, ficaremos circunscritos somente a alguns textos do primeiro Nietzsche (1869 - 1876). Assim, no primeiro capítulo trataremos da visão geral das artes; no segundo da arte como imitação da natureza; no terceiro do sensualismo poético como pathos dominante. O foco da nossa lente está alinhado ao sensualismo poético de Nietzsche como estilo de vida, como algo que se mensura no plano do sensível para ver como os sentidos fazem parte da sua criação e também da sua interpretação sobre a existência como unidade, pois o autor, a exemplo dos gregos, pensa o homem por intermédio dos sentidos e/ou dos instintos, porém dentro da ideia de sentimento dominante e como um todo no aqui e agora. Desse modo, portanto, em consonância com a rubrica do pensamento nietzschiano, observamos que o sensualismo poético se transforma em pathos dominante quando o poeta foi capaz de unificar as artes apolíneas e as artes dionisíacas via linguagem poética num único sentimento de êxtase na tragédia e dar vazão aos sofrimentos humanos, assim como sentir também o júbilo do transbordamento de vida. |