Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Barnabé, André Isper Rodrigues |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2134/tde-23082023-124334/
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Resumo: |
Esta dissertação teve como objeto análise dos aspectos jurídicos da gestão dos contratos de concessão sob a perspectiva pública. Identificou-se, inicialmente, no que consistem os regimes de concessão. Demonstrou-se que os regimes de concessão são contratos em que o privado se submete, primordialmente, a obrigações de resultado; que parte dos projetos de concessão no Brasil não apresentou performance aceitável na última década; que a realização de projetos de concessão envolve ao menos três tarefas públicas fundamentais (estruturação, licitação e gestão); e que, dentre essas tarefas públicas, a gestão é a mais relevante para conferir eficácia aos pactos concessórios. Na segunda parte do trabalho, propôs-se o estudo dos aspectos jurídicos da gestão dos contratos de concessão, sempre a partir da perspectiva pública, a partir de três enfoques. O primeiro enfoque foi o dos objetos envolvidos na gestão das concessões sob a perspectiva pública. Conclui-se que os principais objetos com os quais a Administração deve se ocupar são (i) desempenho da concessionária; (ii) equilíbrio econômico-financeiro; (iii) atualidade; (iv) bens da concessão; (v) seguros da concessão; (vi) garantias; (vii) aspectos institucionais da concessionária; e (viii) transparência. O segundo enfoque foi o dos sujeitos envolvidos na gestão das concessões sob a ótica pública. Identificou-se, na legislação aplicável, dois sujeitos principais ou primários: poder concedente e agência reguladora. Como sujeitos secundários, no recorte proposto, identificou-se concessionária e usuários. Como sujeitos terciários, foram assinalados financiadores e tribunais de contas. O terceiro e último enfoque foi o dos instrumentos da gestão dos contratos de concessão sob a perspectiva pública. Restaram claras as ferramentas com as quais o poder concedente e/ou agência reguladora devem atuar para que a concessão tenha sucesso. Na sistematização proposta, são elas (i) regulação; (ii) fiscalização; (iii) sanção; (iv) reajuste; (v) alteração ou revisão; (vi) intervenção; (vii) extinção por encampação; (viii) extinção por caducidade; e (ix) meios alternativos de resolução de controvérsias, cada qual atuando sob diversos dos objetos identificados. A partir da sistematização apresentada, concluiu-se com a apresentação de um resumo das relações feitas entre objetos, sujeitos e instrumentos da gestão dos contratos de concessão sob a perspectiva pública, conforme identificados ao longo da pesquisa, reforçando-se que seu bom manejo durante a execução contratual é fundamental para o sucesso dos pactos concessórios e, consequentemente, para realização do interesse público. |