Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Adalberto Anderlini de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-06032012-140321/
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Resumo: |
Nosso intuito com este trabalho é responder à questão: por que discutir a ficção científica no ensino de física? Buscando autores que a propõem como instrumento pedagógico, encontramos predominantemente estudos que apontam as narrativas como forma de motivar, cativar os estudantes. Após construirmos um castelo teórico baseado em Paulo Freire, Mikhail Bakhtin, Lev Vygotsky, Thomas Kuhn, dentre outros, percebemos que esse motivar significava, na verdade, seduzir - no sentido de convencer o aprendiz de que a ciência precisa ser aprendida. Ou seja, alguns trabalhos acabam, por meio do cientificismo da ficção científica, levando os estudantes a adorar a ciência, persuadindo-os a venerá-la, em uma devoção submissa. Para nós, essa mística fascinação debilitaria suas autonomias frente às opções que esse saber representa e frente aos limites que ele possui. Por conta disso, e embasados na filosofia freiriana, defendemos a ficção científica justamente como uma forma de apresentar e discutir os mitos culturais que recheiam nosso imaginário, delineando nossas concepções de ciência, tecnologia, civilização, relações humanas, etc. Isto é, propomos a decodificação das narrativas deste gênero inerentemente transdisciplinar em um círculo de cultura composto por uma equipe interdisciplinar responsável pela problematização de nossas maneiras de entender e imaginar o mundo - maneiras que revelam ideologias incorporadas culturalmente desde a infância. Problematização seguida pelo estudo da visão de especialistas (sejam eles físicos, filósofos, críticos literários, etc.) e pela aplicação deste conhecimento organizado na elaboração de ações culturais. Indicamos, por fim, um instrumento para analisar os jogos da linguagem científica compartilhados pela ciência e pela ficção científica, com o intuito de esclarecer o pensamento científico, e, consequentemente, a forma como ele influencia as relações entre os sujeitos e entre estes e o mundo. Finalizamos com a exposição de algumas experiências envolvendo a ficção científica nas aulas de física realizadas no ensino médio da escola em que lecionamos. |