Brasil especulativo: a ciência e a brasilidade na ficção de Jerônymo Monteiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Pereira, Renato Pignatari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-29062020-220316/
Resumo: O presente trabalho objetiva analisar os livros de ficção científica escritos por Jerônymo Monteiro (1908 1970), sob o aspecto de sua relação dialógica com a ciência brasileira ou internacional o fantástico e a brasilidade. Nesse sentido, seus escritos de ficção científica assim como seus textos publicados na coluna \"Panorama\" (1958 1970), do jornal \"Folha de São Paulo\" são entendidos como síntese propiciada pela dialética entre ciência (principalmente em seus aspectos sociais) e fantástico, acrescida de brasilidade. A partir da leitura dos textos do autor, além da consulta à bibliografia específica, três hipóteses foram formuladas, a fim de nortear a pesquisa: 1) a ciência brasileira e internacional está presente na obra de ficção científica de Jerônymo Monteiro, algumas vezes, de forma explícita; 2) Jerônymo Monteiro, em sua obra de ficção científica, preocupava-se principalmente com o aspecto social da ciência, sendo totalmente contrário a uma ciência e tecnologia desvinculadas de quaisquer princípios éticos ou morais; 3) A construção do fantástico, nas narrativas de Jerônymo Monteiro, não se dá apenas pelo uso da capacidade imaginativa do autor ou por meio do diálogo com outras obras fantásticas ou de ficção científica, mas antes se vincula ao fantástico propalado pela corrente denominada \"Realismo Fantástico\". Além disso, como ferramenta de análise, foi utilizada a categoria \"caixa-preta\", pensada por Bruno Latour no livro \"Ciência em Ação\" (2000).