A posmemória em Maus, de Art Spiegelman

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bertin, Carolina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-07102019-175405/
Resumo: O presente trabalho investiga a maneira segundo a qual a produção cultural das gerações pós-Shoá concilia a sensação de irrealidade do genocídio e as memórias que o circundam. É a partir daí que partimos para a análise de Maus a survivors tale (publicação completa em 1991), obra de Art Spiegelman que se dedica a arquitetar o discurso de seu pai, Vladek Spiegelman, sobrevivente da Shoá. Além do testemunho e de uma série de referências históricas - fotografias, panfletos, livros e depoimentos de outros sobreviventes, Art mescla as memórias pública e privada e também lança mão de outros mecanismos de representação que quebram a barreira da incompreensibilidade da Shoá, tal como ilustrações que justapõem o passado e presente. A medida em que investigamos outros trabalhos teóricos que abordam a Shoá - inclusive o outro trabalho de Spiegelman, denominado Metamaus (2011) - verificamos como as propostas culturais das gerações posteriores ao genocídio oferecem novos olhares e, consequentemente, novas perspectivas ao estudo de tamanha situação traumática. A hipótese do presente trabalho é de que o autor de Maus cria uma dinâmica tridimensional na transformação transgeracional da realidade do passado por meio de sua ressignificação simbólica.