Wstavach : o trauma em A trégua, de Primo Levi

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: BARBOSA, Heloiza Montenegro
Orientador(a): OLIVEIRA, Karine da Rocha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Letras
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/37837
Resumo: Esta dissertação procura analisar os aspectos traumáticos no livro ― A trégua‖, do autor e sobrevivente da Shoá italiana Primo Levi (1919 – 1987). Publicado em 1963, é o segundo romance do autor, narrando sua experiência de libertação do Lager de Buna-Monowitz – parte do complexo de Auschwitz – até sua chegada na Itália, numa viagem de dez meses por uma Europa destruída pela guerra. Acompanhamos Levi sob seus olhos, seus companheiros de viagem e seus sentimentos por um mundo perdido, o qual procura ressignificar. A partir desta perspectiva, o presente trabalho divide-se em três capítulos, conectados entre si. Aspectos de Literatura de Shoá e o testemunho são apresentados sob a ótica de Selligman-Silva (2008), Waxman (2006), Dori Laub (1995), Agamben (2008), Gagnebin (2006) e do próprio Primo Levi (2004), entre outros, além de trechos de narrativas de outros sobreviventes. Estudos sobre Fascismo, sob a perspectiva de Laqueur (1996), Passmore (2002), Arendt (2009), além do crescimento do antissemitismo na Europa nos anos finais do século XIX e início do século XX, com a publicação dos ― Protocolos dos Sábios de Sião‖ (COHN, 2005) e o caso Dreyfuss, conectada com dados biográficos sobre Primo Levi, apresentados pelas biografias escritas por Thomson (2003) e Anissimov (1998) também são parte essencial, assim como as análises do livro É isto um homem – que narra sua captura e seu tempo no Lager – e A trégua. O roteiro é traçado por teorias sobre trauma, apresentando essas nuances na narrativa, a partir da leitura proposta por Jonathan Druker (2009).