A memória da Shoah em Jerusalém de Gonçalo M. Tavares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Duduch, Fernanda
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-01082022-104322/
Resumo: Esta dissertação é um estudo e uma interpretação de Jerusalém (2007) à luz dos intertextos que constituem a memória possível da Shoah. Iniciamos a pesquisa introduzindo o conceito de memória e pós-memória, expondo como estes podem ajudar a compreender determinados textos da literatura contemporânea portuguesa. Determinado ser este o caso do escritor Gonçalo M. Tavares, o estudo focará em defini-lo como contemporâneo, explorando como o indivíduo contemporâneo se relaciona com o mal em uma perspectiva não só histórica como também antropológica. Tomada como símbolo do \"Mal\", a Shoah aparecerá como subsolo dos traumas expostos no romance. Com esse referente memorial, buscaremos exemplificar e interpretar a trama do romance Tavariano. A leitura de Georg Rosenberg será feita como se o hospício fizesse um paralelo à cena traumática dos campos de concentração e da guerra. Ora, sendo esse um agente traumático, buscaremos ler como o trauma de guerra e o trauma individual agem nas personagens do romance, compreendendo suas subjetividades e motivações. Ao nos depararmos com o final trágico das personagens, investigaremos a situação labiríntica que as devolverá ao início do romance.