Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Pellison, Natália Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17136/tde-06082024-104223/
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Resumo: |
A leishmaniose é uma doença tropical negligenciada causada por espécies do gênero Leishmania. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, estima-se que mais de 700 mil casos sejam detectados anualmente e aproximadamente 30 mil resultam em óbito. A doença afeta principalmente populações carentes presentes em regiões remotas, rurais, periferias urbanas e zonas de conflito, dificultando o acesso e custeio do tratamento. Atualmente, o mercado dispõe de fármacos para tratamento como antimoniais pentavalentes, anfotericina B, miltefosina e pentamidina. Além do longo período de tratamento, tais medicamentos podem apresentar diversos efeitos colaterais, sendo necessário o acompanhamento dos pacientes por vários meses ou mesmo ao longo de sua vida. Devido à duração e a necessidade de internação para administração dos medicamentos, muitos pacientes abandonam o tratamento, favorecendo a emergência de cepas resistentes aos medicamentos disponíveis. Pelas razões apresentadas anteriormente, há uma demanda mundial para a busca por novas alternativas ao tratamento da leishmaniose que sejam eficazes, seguras e acessíveis. Sabendo desta necessidade, neste trabalho buscamos novos candidatos capazes de reduzir o número de amastigotas intracelulares de L. (L.) amazonensis por meio da triagem de uma biblioteca comercial contendo 2560 compostos. Para isso, macrófagos derivados de medula óssea (BMDMs) de animais C57Bl/6 foram infectados com L. (L.) amazonensis expressando constitutivamente a proteína fluorescente vermelha (RFP). Os BMDMs infectados foram incialmente tratados com os diferentes compostos a 10 µM. Imagens das células tratadas foram adquiridas no equipamento de high-content screening após 24, 48 e 72 horas. As quantificações do número de células e de parasitos foram realizadas em software automatizado. Como controle negativo foram utilizados BMDMs infectados não tratados ou tratados com DMSO 1% e como controle positivo foi utilizado o tratamento com Anfotericina B. Comparações estatísticas com os controles foram realizadas a fim de validar o experimento, bem como a exclusão de compostos que tenham causado alteração do número de células. Na triagem inicial foram selecionados 256 compostos, os quais apresentaram redução do número de parasitos em relação às células infectadas e tratadas com DMSO 1%. Destes, 96 compostos apresentaram redução parasitária ≥50% quando comparados ao controle, e portanto, foram novamente testados para confirmar a atividade inicial encontrada na triagem. Utilizando diversas concentrações dos compostos (0,3 a 30 µM), a eficácia in vitro foi determinada por meio dos valores de concentração tóxica para 50% das células (CC50), de inibição de 50% dos parasitos (EC50) e o índice de seletividade (IS). Neste trabalho, identificamos 12 compostos com potencial atividade leishmanicida e IS>20, os quais poderão, potencialmente, contribuir para o tratamento da leishmaniose. |