Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Miranda, Rúbia Poliana Crisóstomo |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-25102018-172055/
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Resumo: |
Introdução: Pneumonia é uma das complicações mais frequentes após Acidente Vascular Cerebral (AVC), com incidência variando de 2,3% a 47,3%. Nesse estudo, nosso objetivo foi identificar a frequência e os fatores associados com pneumonia após AVC e avaliar o impacto da pneumonia quanto ao óbito intra-hospitalar e quanto aos desfechos dependência funcional e óbito em três meses após o AVC. Métodos: Participaram do estudo pacientes que preencheram os critérios de inclusão (Idade maior que 18 anos de ambos os sexos e diagnóstico médico de AVC isquêmico ou hemorrágico agudo, confirmado por exames de neuroimagem) e nenhum dos critérios de exclusão (Ataque Isquêmico Transitório, Hemorragia Subaracnóidea, Trombose Venosa Cerebral, outros quadros clínicos em que não foi confirmado diagnóstico de AVC, ictus antigo, AVC hemorrágico de causa secundária por malformação arteriovenosa, aneurisma cerebral, neoplasia craniana, distúrbios da coagulação, entre outros; não concordância em participar do estudo ou não assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido). Estes pacientes foram admitidos na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (HCFMRP-USP) e incluídos no Registro de Acidente Vascular Encefálico (REAVER) no período de abril de 2015 a setembro de 2016. Os dados demográficos e clínicos foram coletados de forma prospectiva pelos coordenadores de pesquisa do REAVER. Quando possível, os pacientes foram submetidos à avaliação clínica da deglutição por três fonoaudiólogas. Os prontuários de todos os pacientes foram revisados por um infectologista para confirmar o diagnóstico de pneumonia. Resultados: Foram estudados 478 pacientes com AVC agudo. Considerando a amostra total do estudo, encontramos uma frequência relativa de 24% de pneumonia, 11,5% de óbito intra-hospitalar e 36,8% de dependência funcional ou óbito após três meses do AVC. Dos pacientes com pneumonia, 32,2% foram a óbito intra-hospitalar e 84,3% apresentaram dependência funcional ou óbito após três meses do ictus.Na análise multivariada por regressão logística para preditores de pneumonia após AVC, a gravidade do AVC (p=0,001), AVC hemorrágico (p=0,012) e disfagia (p=0,001) foram preditores independentes para pneumonia. Conclusão: Nosso estudo confirma que a pneumonia é uma complicação frequente após o AVC, sendo associada com gravidade do AVC, AVC hemorrágico e disfagia. Os pacientes com pneumonia apresentaram alta frequência de óbito intra-hospitalar e alta dependência funcional ou óbito após três meses do AVC. |