Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1960 |
Autor(a) principal: |
Camargo, Leocádio de Souza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/0/tde-20240301-144650/
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Resumo: |
As variedades comerciais de morangueiro são octaplóides e híbridas, geralmente entre as espécies Fragaria virginiana e Fragaria chiloensis. Através de cruzamentos metódicos e pacientes, têm sido criadas novas variedades, multiplicadas por meio de mudas provenientes de divisão da coroa ou dos estolhos formados. O morango é tido como a mais importante das chamadas frutas pequenas, e a sua cultura é bastante desenvolvida em vários países do mundo, especialmente nos de clima temperado, onde é popular. Contribuem, para isso, seu gosto atrativo, boa produtividade e sua riqueza em vitaminas, especialmente a C. Sua parte comestível, carnosa e suculenta, é um receptáculo dos verdadeiros frutos que são os aquênios, pequeninos, duros e superficiais. Entretanto, para fins comerciais, denomina-se fruto a esse conjunto do receptáculo carnoso mais os aquênios. A cultura racional do morangueiro é relativamente recente, pois começou a ser feita no século XIX. As variedades existentes em nossos dias são um produto da civilização, obtidas através da pacientes hibridações e seleções. No Brasil é cultivado em hortas caseiras há muitos anos, desde época que não se pode precisar, mas sua cultura comercial é recente. O cultivo dessa planta, nos Estados do Rio Grande do Sul e de São Paulo, já assuma papel econômico de certa relevância. Em São Paulo houve incremento de suas plantações nos últimos 30 anos, iniciando-se em Itaquera e Suzano e, depois, em Jundiaí, Vinhedo, Piedade, Atibaia e Campinas. Em 1958, as produções das regiões de Jundiaí, Atibaia e Piedade, foram avaliadas em 500.000, 250.000 e 150.000 quilos, respectivamente. Apesar do número considerável de suas variedades, o problema de sua escolha continua a ser o mais delicado na instalação do morangal e isto se dá porque essa planta é muito sensível às condições climáticas, especialmente à temperatura ambiente. Na Estação Experimental Teodureto de Camargo, em Campinas, desde 1941, e na Estação Experimental de Monte Alegre do Sul, a partir de 1952, estudaram-se 41 variedades e maior número de híbridos, seja em coleção ou em ensaios de competição. Em 1947, iniciou-se o estudo de híbridos obtidos pelo A. ou provenientes de sementes importadas e até o presente estudaram-se aproximadamente, 1.200 seedlings. Fizeram-se 6 experiências de competição: a primeira em 1948, em Campinas, e as demais em 1952, 1954, 1956, 1958 e 1959, todas na E.E. de Monte Alegre do Sul. Estudaram-se, na primeira experiência, não só as variedades como a produção de mudas provenientes de divisão da coroa comparadas à produção de mudas de estólhos e concluiu-se que as primeiras dão plantas mais produtivas. Nas experiências de 1952 e de 1954, estudaram-se a produção das variedades no primeiro e no segundo anos de cultivo, verificando-se que, em geral, a produção do segundo ano é ligeiramente inferior em quantidade e pior em qualidade. Isto, deu-se em virtude do ataque acentuado de ácaro no segundo ano e da ausência, na ocasião, de um bom acaricida. As demais experiências ficaram um ano no local de plantio. No presente trabalho são fornecidos dados climáticos de Campinas e de Monte Alegre de Sul, os resultados das análises das amostras do solo do local do experimento, a adubação feita e os inseticidas e acaricidas usados no combate às pragas. Os cálculos estatísticos foram feitos tomando-se produção dos frutos em gama ou quilo. Não se encontrou variedade ou híbrido ideal, com todas qualidades necessárias, mas, entre os estudados, apresentaram-se com melhores qualidades os seguintes: Híbrido I.A.C. Nº.2.712; Sierra I.Nº.2.188, Dr. Morère I.Nº.699; Híbrido I.Nº.2.005; Tahoe' I.Nº.2.185 e Híbrido I.A.C. Nº.2.716. |