Efeitos de aposentadoria em saúde e mobilidade ocupacional no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Mountian, André Gal
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12140/tde-30092015-144626/
Resumo: A aposentadoria é uma instituição social que pode ter efeitos múltiplos e de longo prazo sobre o bem-estar individual. Essa tese investigou duas dimensões dessa questão, relacionadas à saúde e à inserção laboral de indivíduos mais velhos no Brasil. O objetivo desse trabalho é investigar os efeitos da aposentadoria sobre as condições de saúde e sobre a transição para o trabalho por conta própria no Brasil. A metodologia utilizada é econométrica e duas bases de dados foram utilizadas. A investigação da transição para o trabalho por conta própria utilizou a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), entre os anos de 2002 a 2007, com trabalhadores na faixa de 50 a 69 anos de idade. A metodologia empregada foi a de pseudo-painel, que permitiu o tratamento de uma possível endogeneidade da decisão de trabalhar, além de possibilitar o uso de técnicas de dados em painel. Os resultados encontrados mostram que a renda de aposentadoria tem impacto sobre essa transição, em especial, para os menores quartis. No entanto, estar aposentado (dummy) não é significativo para explicar a transição ocupacional de interesse. Outros controles mostraram-se importantes, mas com diferentes impactos para homens e mulheres. Já a investigação dos efeitos de aposentadoria em saúde utilizou a Saúde Bem-Estar e Envelhecimento (SABE), base longitudinal com idosos no município de São Paulo. Foram estimados modelos de efeitos fixos e efeitos fixos com variável instrumental para levar em conta a possível simultaneidade entre a decisão de parar de trabalhar e a condição de saúde da pessoa. Foram encontradas evidências de que a aposentadoria melhora indicadores de mobilidade, especialmente para os homens.