Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Pacheco, Gabriel Francisco Zago |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39136/tde-13052021-122819/
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Resumo: |
O propósito da presente pesquisa foi investigar como se dá a prática docente em Educação Física Escolar (EFE) no Ensino Médio (EM) orientada pelo Currículo do Estado de São Paulo (CESP) e seus materiais de apoio na rede pública de ensino, indagando quais os conteúdos utilizados pelos(as) professores(as) e se há outras fontes para elaboração de suas aulas, analisando também suas concepções pessoais sobre a área. Participaram voluntariamente do estudo 62 docentes da rede, que responderam a um questionário online composto por quatro questões abertas e uma série de questões fechadas. Considerou-se como principais referências as discussões de autores(as) acerca da: função da escola e o EM; as concepções sobre currículo; os documentos norteadores para o EM; o CESP e a EFE; a identidade da Educação Física e a formação do(a) professor(a) de EFE; a prática docente e a EFE. Para análise das respostas às questões abertas que nortearam a discussão foi utilizada a metodologia de Análise de Conteúdo (BARDIN, 1988), articulada com o cálculo de Ranking Médio para questões com Escala de Likert e estatística descritiva para as questões fechadas que a apoiaram. Os resultados desta investigação demonstraram que os(as) participantes da pesquisa de modo geral: a) atuam considerando o CESP em suas práticas com ênfase destacada para a seleção do eixo de conteúdo \"esporte\" e do eixo temático \"corpo, saúde e beleza\" em detrimento de outras proposições presentes no documento menos citadas; b) definem a EFE utilizando termos concretizados historicamente, como \"cultura corporal\", \"cultura de movimento\", \"corpo\" e/ou \"saúde\", mas frequentemente ampliam suas definições com ideias românticas, utópicas ou deslocadas - situação prevista por Tani (1991; 2011) - dada a indefinição do corpo de conhecimentos da Educação Física; c) respondem contraditoriamente quanto inclusão da EFE na área de \"Linguagens\" no CESP; d) afirmam seguir o CESP, seja por obrigação, porque veem aspectos positivos no documento, ou mesmo criticando-o em alguns aspectos; e) descrevem práticas que revelam apropriação dos conteúdos do CESP, sem prescindir dos conhecimentos da experiência, de ajustes ao contexto e demonstrando novamente proximidade relevante com a perspectiva de qualidade de vida, saúde e esporte. Conclui-se que a prática docente em EFE - definida por Silveira (2019a) como os modos de ser e agir em face das demandas do currículo, mediante as pressões sofridas e as flexibilizações solicitadas pelos sistemas de ensino, bem como mediante as requisições do cotidiano escolar de cada comunidade - encontra no CESP, que ultrapassa seus dez anos de implementação na rede estadual, uma referência consideravelmente importante para seus professores(as), enquanto a Educação Física tal qual área de pesquisa na universidade permanece incipiente quanto à elaboração de abordagens de roteiro completo que embasariam a atuação profissional nas escolas |