Aulas de arte: reflexões sobre currículo, docência, criatividade e a escola inclusiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Sene, Marta Regina [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Art
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/145010
Resumo: O Currículo de Arte do Estado de São Paulo trouxe inquietações acerca da prática educativa perante as exigências dos conteúdos focados na contemporaneidade e nas quatro linguagens (Música, Dança, Teatro e Artes Visuais). Atender a todos os alunos indistintamente com o mesmo conteúdo e suas especificidades constitui um desafio ao professor. Qual a percepção de professores de Arte sobre o fazer docente com vistas ao Currículo e os desafios da escola para todos na contemporaneidade? O estudo objetiva descrever e analisar as percepções de professores de Arte da rede estadual paulista de uma cidade do interior sobre o fazer docente vinculado ao Currículo oficial e os seus desdobramentos (Caderno do Professor e Caderno do Aluno). A pesquisa configura-se numa abordagem quanti/qualitativa que consiste no estudo de caso do Currículo do Estado de São Paulo. A base teórica fundamenta-se nos pressupostos do campo da Educação, Educação Especial, da Arte-educação, do Currículo e da Teoria da Criatividade. Considera Hargreaves, Earl e Ryan que mencionam uma crise atual na educação e uma crise do Currículo e a concepção de Klimenko de que a Criatividade é o caminho possível para contornar as dificuldades da contemporaneidade e atender a todos. O Município pesquisado situa-se no interior do Estado de São Paulo tendo 148 Unidades Escolares, das quais 57 são públicas estaduais: Os participantes foram nove professores de Arte de sete escolas selecionadas por atender Ensino Fundamental (EF) e Ensino Médio (EM) e ter mais matrículas de alunos Público Alvo da Educação Especial - PAEE. O instrumento principal foi a investigação por questionário e ocorreu análise documental do Currículo e seus desdobramentos (Cadernos do Professor e do Aluno). Para apreciação dos dados adotou-se a análise de conteúdo de Bardin. Dentre os resultados, verificou-se que o documento orienta para a gestão do Currículo e contempla informações especificas aos professores, voltadas ao uso dos cadernos do Professor e do Aluno. Constatou-se que o fazer docente é híbrido, cada professor usa o currículo de um modo distinto que depende da sua formação docente e dos seus interesses e repertórios. Constatou-se que a formação exigida para atuação docente é mais ampla do que a recebida ao longo das graduações, que a postura tradicional se sobrepõe nas avaliações e dificulta a inclusão dos alunos PAEE. E verificou-se ainda, que há insegurança em relação aos conhecimentos das áreas não contempladas pela formação universitária, reforçada quando se depara com os desafios da prática docente, no contexto da diversidade, com o intuito de dominar múltiplas linguagens para atuar com diversos públicos, como é o caso dos alunos PAEE. Assim, o professor domina mais a linguagem de formação que é na maioria, Artes Visuais, embora o contexto exija dele que transite por todas as quatro linguagens da Arte. Desse modo, concluiu-se que o caminho para contornar ou suprir essa lacuna está em uma postura investigativa, criativa diante dos desafios do conhecimento. Reconhecendo as limitações do presente estudo e acreditando no potencial da temática para pesquisas futuras, recomenda-se uma análise do presente Currículo composta pela releitura do material pensando no PAEE, ou seja, na diversidade.