Forró e Rap Guarani: parcerias e conhecimentos no fluxo das festas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Wernet, Klaus
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-20052019-113425/
Resumo: Com base em trabalho de campo, principalmente junto às bandas de rap e forró formadas por indígenas Guarani, o investimento da pesquisa foi compreender as redes de relações tecidas por estas bandas por meio da prática musical. A etnografia se debruça sobre o musicar, tradução do conceito musicking criado por Christopher Small. Sob este prisma, não só a execução musical é objeto de atenção, mas todas as outras formas de engajamento com a música. A prática musical não ocorre no vácuo, ela necessita de uma rede de relações para efetivamente se instaurar. A multiplicidade de formas de engajamento musical constrói localidades, parcerias, ampliação de conhecimentos e posiciona os músicos como ponto de referência na comunidade. A prática musical surge como um elemento significativo nas mais distintas interações sociais. Inicialmente, a tese analisa as novas produções tecnológicas de comunicação e os aspectos históricos que impulsionaram sua propagação e popularização pelo globo terrestre. Com estas tecnologias, que proporcionam maior interatividade, os músicos se interconectam em redes. A localidade é fortemente ancorada em relações de parceria com agentes que não necessariamente se encontram próximos fisicamente. Entretanto, alguns aspectos de afinidade sedimentam as relações entre os agentes que participam do \"musicar\", indicam desejos e condições sociais compartilhadas, ou pelo menos próximas. Destes encontros heterogêneos, conexões se instauram entre práticas, pessoas e locais distintos. Um fluxo de informação que se converte em conhecimento entra em cena, ampliando canais de comunicação entre os músicos e seus interlocutores, indígenas ou não.