Respostas fisiológicas, produtivas e comportamentais de ovelhas Santa Inês submetidas a manejos considerados estressantes e desempenho de seus cordeiros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Stradiotto, Monalissa de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/74/74131/tde-04072012-110329/
Resumo: Com o objetivo de avaliar a susceptibilidade de ovelhas ao estresse e a relação com a produção de leite, 50 fêmeas da raça Santa Inês foram submetidas durante 2 lactações sucessivas a quatro situações de estresse (1: estresse fisiológico padrão via administração de ACTH; 2: desmame; 3: primeira ordenha; 4: mudança de ordenhador). Foram avaliadas as respostas fisiológicas, produtivas e comportamentais das ovelhas e o comportamento e ganho de peso dos cordeiros. Na 1ª lactação, os cordeiros foram desmamados com 60 dias de idade e, na 2ª de acordo com os tratamentos: 1º Grupo com 60 dias de idade e o 2º Grupo com 45 dias de idade. A maior parte das ovelhas estudadas foi considerada medianamente susceptível ao estresse, portanto não foi possível classificá-las estatisticamente, pois poucos animais foram considerados muito ou pouco susceptíveis. Após a administração de ACTH e estresse de primeira ordenha, o cortisol apresentou as maiores concentrações aos 60 minutos sendo que após cinco horas as concentrações basais foram restabelecidas. Porém, após o desmame, o cortisol permaneceu elevado, apresentando maiores valores no grupo desmamado aos 45 dias (P<0,05). A mudança de ordenhador causou estresse e promoveu posteriormente maior liberação de cortisol (P<0,05). O comportamento observado na sala de ordenha foi correlacionado positivamente com o tempo de ordenha, produção de leite e reatividade, pois alguns animais apresentaram comportamento mais agitado e reativo na ordenha, com maior frequência de coices, sobre-passos e micção. A produção de leite foi significativamente maior (P<0,05) na segunda quinzena de lactação e a duração da lactação foi estimada em 75 dias. Para ambas as lactações, os teores de sólidos totais, gordura, lactose, minerais e proteína aumentaram (P<0,05) ao longo do período. Nas duas lactações, as frequências dos comportamentos materno-filiais observados diminuíram com o passar dos dias, em função do maior interesse pela alimentação sólida em detrimento ao leite. Não houve influência da lactação e nem da idade a desmama nos pesos dos cordeiros ao parto e a desmama (P>0,05), e as ovelhas recuperaram o peso corporal algumas semanas após o parto.