A crítica da Crítica acrítica: limites e contribuições da Criminologia do Conflito

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Almeida, Caio Patricio de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/2/2136/tde-19022021-172210/
Resumo: Em 1959, o sociólogo Ralf DAHRENDORF funda a Sociologia do Conflito, em oposição às análises consensuais que, conforme criticava, teorizavam sobre sociedades harmônicas utópicas e inexistentes. Ao ter contato com a obra de DAHRENDORF, o criminólogo George Bryan VOLD percebeu a pertinência das críticas para o campo das Ciências Criminais, incorporando em seu trabalho a mesma mudança epistemológica ocorrida no campo das Ciências Sociais. Suas contribuições, somadas à obra de Austin TURK, Richard QUINNEY E Donald BLACK deram origem à Criminologia do Conflito, Escola específica de pensamento criminológico, cujas principais características são o resgate da centralidade dos conflitos no convívio social e o enfoque na natureza política do desvio e da criminalização. O presente trabalho pretende analisar as contribuições e limites da Criminologia do Conflito. Para tanto, inicia-se pela análise de seu marco epistemológico inicial, o trabalho de DAHRENDORF, para então compreender como as contribuições deste autor foram incorporadas no campo das Ciências Criminais. O trabalho pretende-se crítico, e não apologético de seu objeto, adotando uma visão materialista dialética própria da Criminologia Crítica - corrente macrocriminológica que incorpora as premissas conflituais, mas supera a capacidade e pretensão analítica das teorias conflituais da criminalidade, ao enveredar em busca das raízes do fenômeno criminal.