Manejo do colesteatoma adquirido em indivíduos com fissura palatina: uma experiência institucional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Batistão, Guilherme Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-29032021-153838/
Resumo: Esta revisão retrospectiva de prontuários inclui 97 pacientes com anomalias craniofaciais e colesteatoma adquirido em 118 orelhas comprovado através do exame anatomopatológico. Os dados foram coletados dos prontuários médicos entre os anos de 1994 e 2018. O estudo teve como objetivo primário identificar e descrever o tratamento cirúrgico do colesteatoma em pacientes com anomalias craniofaciais e fenda labial/palatina, e analisar a experiência institucional. O objetivo secundário foi identificar e descrever o perfil epidemiológico dos pacientes estudados. A primeira cirurgia realizada em 76 das 118 orelhas (64,4%) foi a mastoidectomia cavidade fechada/Wall up (CWU), enquanto 42 das 118 orelhas (35,6%) receberam a técnica de mastoidectomia cavidade aberta/ Wall down (CWD). Durante o período de acompanhamento desses pacientes, que variou de 2 a 29 anos, com uma média de 13,4 anos (± 5,88), 77 CWU (38,9%) e 121 CWD (61,1%) foram realizadas. Isso elevou o total para 198 cirurgias de mastoidectomia em 118 orelhas de 97 pacientes. Das 77 mastoidectomias CWU, 65 (84,4%) apresentaram recorrência do colesteatoma. No seguimento das mastoidectomias cavidade aberta, houve novas abordagens cirúrgicas em 15 dos 121 procedimentos (12,3%), com 6 pacientes (4,9%) apresentando recidivas de colesteatoma anatomopatologicamente comprovadas e 9 (7,4%) que foram abordados cirurgicamente por instabilidade clínica, para limpeza da cavidade sem identificação de recorrência da doença. As mastoidectomias cavidade aberta como primeiro procedimento apresentaram uma taxa de 1,1 procedimentos realizados por orelha, enquanto que nas cirurgias que iniciaram seu tratamento pela mastoidectomia cavidade fechada a taxa foi de 1,8 procedimentos por orelha. A abordagem precoce com técnicas de mastoidectomias cavidade aberta clássicas / modificada, guiadas por critérios específicos de indicação, pode ser mais resolutiva, impedir múltiplos procedimentos e preservar a via óssea para facilitar possíveis reabilitações auditivas futuras nesses pacientes