Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Eduardo Boaventura |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5143/tde-14092021-105837/
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Resumo: |
As anomalias morfológicas da tuba auditiva predispõem pacientes com fissura palatina a otite média crônica e, consequentemente, a perdas auditivas que nem sempre podem ser reabilitadas com aparelhos de amplificação sonora convencionais. Atualmente existe no mercado uma variedade de dispositivos ósseos implantáveis, que buscam aliar mais qualidade sonora e menos desconforto aos pacientes. O Bonebridge é uma opção promissora para estes casos devido a estética do dispositivo, a sua possibilidade de ativação precoce e menores taxas de complicações. Este estudo teve como objetivo apresentar a técnica cirúrgica do implante Bonebridge em pacientes com fissura palatina, otite média crônica e meatoplastia bilateral, além de comparar os resultados audiológicos e de satisfação destes pacientes usando este dispositivo e os aparelhos de amplificação sonora individuais convencionais. Estudo prospectivo, não randomizado. No total, 13 pacientes com fissura palatina, otite média crônica e meatoplastia bilateral foram selecionados para realização da cirurgia do dispositivo Bonebridge, seis do gênero masculino e sete do gênero feminino, com idade entre 12 a 56 anos. As avaliações audiológicas (audiometria em campo livre), de percepção da fala, avaliação da restrição da participação e satisfação com o dispositivo foram realizadas em dois momentos: a) antes da cirurgia: sem e com o uso dos Aparelhos de Amplificação Sonora Individual (AASI) e, b) após 6 meses da realização da cirurgia com o uso do dispositivo Bonebridge. Os resultados pré-cirúrgicos (sem e com AASI) e pós-cirúrgicos (com o Bonebridge) foram comparados. Nenhum paciente referiu complicações peri ou pós-cirurgicas. A técnica retrossigmoidea mostrou-se segura para ser utilizada com esta população, cuja patologia de orelha média leva a alterações na mastoide, seja devido a malformações anatômicas ou por tratamentos cirúrgicos prévios. Todos os participantes obtiveram melhores limiares audiológicos na audiometria em campo livre com o Bonebridge, assim como melhores resultados de percepção da fala, quando comparado aos resultados sem dispositivos e com o uso de AASI convencionais. Quanto à restrição de participação, houve diminuição dos efeitos emocionais e sócio-situacionais com o uso da amplificação (tanto com o AASI, quando com o Bonebridge) em comparação com a condição sem uso do dispositivo, sendo as diferenças estatisticamente significantes para as duas subscalas e o resultado total. Em relação à satisfação, os pacientes avaliaram melhor os fatores positivos (referentes ao benefício acústico e psicológico), negativos (referentes à amplificação de ruído ambiental e uso do telefone) e imagem pessoal (referentes à estética e ao estigma do uso do dispositivo) com o uso do dispositivo Bonebridge do que com o AASI, sendo a diferença estatisticamente significante para estes dois últimos fatores. Conclui- se que, apesar de a técnica cirúrgica do Bonebridge ser mais complexa e de maior tempo cirúrgico em comparação aos implantes percutâneos é de fácil execução para um cirurgião otológico experiente. Para os pacientes com fissura palatina, otite média crônica e meatoplastia a técnica retrossigmoidea mostrou- se segura, melhorando os resultados audiológicos e de percepção da fala, além da sua participação social e satisfação com o dispositivo. |