Manejo da otite média com efusão em pacientes com fissura palatina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Batistão, Guilherme Trindade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/61/61132/tde-04102024-142621/
Resumo: A Otite Média com Efusão (OME) em pacientes com fissura palatina é um desafio clínico, com diversas abordagens de manejo descritas na literatura recente. A revisão de escopo (artigo 1) analisou 84 artigos publicados nos últimos cinco anos, resultando em 14 estudos elegíveis. Os delineamentos predominantes foram coortes retrospectivas (50%) e estudos transversais retrospectivos (28,57%), com uma variedade de métodos diagnósticos, incluindo otoscopia, timpanometria e potenciais evocados auditivos do tronco encefálico (PEATE). A inserção de tubos de ventilação foi a abordagem mais comum (78,57%), porém, associada às múltiplas inserções e complicações em 90,9% dos casos, incluindo perfuração timpânica residual, otorreia e colesteatoma. A palatoplastia, particularmente a técnica de fechamento do palato Sommerlad, foi amplamente utilizada (42,85%), e a miringotomia também foi descrita. A persistência da OME após o tratamento foi observada em 64,2% dos estudos. Após a revisão de escopo, foi realizado o estudo prospectivo (artigo 2) com intervenção em 30 pacientes em 2 grupos (G1 e G2) reavaliados em dois momentos. No grupo um (G1), foi realizada miringotomia com aspiração e no grupo dois (G2) foi realizada inserção de Tubo de Ventilação (TV). No seguimento do estudo, permaneceram 14 (48,28%) pacientes (28 orelhas) do (G1) e 15 pacientes (51,72%) (30 orelhas) do (G2). A primeira reavaliação foi realizada aproximadamente em 15 meses. No G1, 15 (54%) orelhas apresentaram imitanciometria com efusão/complicações e 13 (46%) apresentaram curva sem efusão. No G2, 10 (33.3%) orelhas estavam sem efusão e 20 (66.7%) com efusão/complicações. Na segunda reavaliação (média de 41 meses) o G1 foi dividido em dois subgrupos, o grupo G1A com 7 pacientes e o grupo G1B com sete pacientes. No G1A não houve alterações na imitanciometria. No G1B havia 8 (57%) orelhas com efusão/complicações e 6 (43%) orelhas sem efusão. No G2(TV) 17 (56,6%) orelhas sem efusão e 13 (43,4%) orelhas com efusão/complicações. As complicações registradas nesta reavaliação foram: 1 orelha (3,3%) com perfuração residual e 7 orelhas (23,3%) apresentaram otorreia e/ou timpanoesclerose. Os pacientes submetidos a timpanostomia com inserção de tubos de ventilação apresentaram mais complicações, mas não foi observada diferença estatística significante no acompanhamento da imitanciometria entre os grupos.