Regnum aut civitas: a doutrina política de Marsílio de Pádua no Defensor da paz

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Garcia, Talita Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-09062015-105905/
Resumo: A querela entre o papa e o imperador ao longo dos séculos XIII e XIV propiciou o surgimento de inúmeras teorias a respeito do poder em defesa de uma ou outra instituição. Marsílio de Pádua (1280-1343) foi um dos mais importantes pensadores a apresentar argumentos para essas discussões no século XIV. Ao denunciar os desmandos do papa e do seu Colégio de Cardeais viu-se obrigado a refugiar-se na corte do imperador Luís IV. A principal obra do paduano foi o Defensor da Paz (1324) na qual expôs elementos fundamentais para o debate em questão. Esta tese teve como objetivo discutir a doutrina política desenvolvida por Marsílio de Pádua a partir do seu próprio contexto. Para isso, foi necessário compreender seus conflitos e influências a fim de analisar os conceitos políticos apresentados em sua obra maior. Apoiado em Aristóteles, escreveu um plano prático para a intervenção política do imperador no Regnum Italicum. Marsílio adquiriu importância fundamental por sua formulação da noção de poder restrita à esfera temporal, delineando uma primeira ideia de autonomia do poder civil, dotado de atribuições específicas e independentes da esfera eclesiástica.