Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Carvalho, Wesley Mendes |
Orientador(a): |
Strefling, Sérgio Ricardo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Filosofia
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Departamento: |
Instituto de Filosofia, Sociologia e Politica
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5106
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Resumo: |
Marsílio a partir de Aristóteles estabelece um novo conceito de comunidade civil: a civitas. No entanto, a acepção de sociedade proposta por Marsílio vai além dos fundamentos naturalista do Estagirita. Para Marsílio a sociedade humana, ou a cidade, é um produto da razão humana. Portanto, enquanto a natureza é a força geradora de prédisposições, é da razão humana a força do seu desenvolvimento. Dentro dessa proposta ele assegura que a civitas só alcança seu objetivo como causa final se estiver fundamentada na paz. Em oposição a isso, Marsílio se deparará com aquilo que se tornara um terrível sofisma: a teoria da plenitudo potestatis. São duas as correntes que se contrapõem: o poder temporal e o poder atemporal. O filósofo de Pádua dirá que a civitas não está sob o poder da ecclesia, pois a comunidade civil está estabelecida sobre a soberania da universitas civium. Assim a classe sacerdotal como todas as partes sociais que compõem a comunidade política deve estar alocada no ofício que lhe compete, cada um respectivamente em sua incumbência para que a cidade seja suficiente, isto é, atendendo toda a sua demanda. De modo algum é aceitável a inversão de papeis, pois isso inevitavelmente compromete a organização social e política. A civitas é um conceito sócio-político baseado na premissa aristotélica de que o todo tem a primazia sobre as partes, de maneira nenhuma uma parte pode estar acima do todo (civitas). Ela é perfeita, pois é organizada racionalmente de maneira que todas as partes estejam cumprindo sua função. Entretanto, é da discórdia, o oposto a paz, a causa da sua instabilidade e desiquilíbrio civil. Assim como o corpo precisa de saúde para se desenvolver, a comunidade civil precisa de equilíbrio para que os homens vivam bem. |