A imanentização da civitas na teoria política de Marsílio de Pádua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Silveira, Thiago Rodrigues
Orientador(a): Strefling, Sérgio Ricardo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Filosofia
Departamento: Instituto de Filosofia, Sociologia e Política
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8782
Resumo: Nesse trabalho, analisamos a filosofia política de Marsílio de Pádua sob a ótica de uma possível imanentização das esferas que compõem sua teoria do Estado. A noção de imanentização utilizada no trabalho é ampla, mas, no geral, refere-se à defesa de uma autonomia da esfera temporal sobre a espiritual (isto é, de que existem coisas que são inerentes a primeira e que devem ser buscadas por si). Dividimos o texto em dois grandes grupos: no primeiro, buscamos apresentar os elementos gerais do pensamento do paduano (tanto político, como eclesiológico), para que, no segundo grupo, possamos analisá-los essencialmente sob a ótica daquilo que consideramos a renovatio marsiliana. Tal renovatio seria justamente essa imanentização. Dessa forma, analisamos como Marsílio essa imanentização da concepção de civitas, pax e lex, assim como da origem do poder (na figura do legislator) e da função do príncipe (a pars principans da cidade). Ao final do trabalho, retomamos aquilo que foi exposto e defendemos que podemos, de fato, falar em uma renovatio: embora Marsílio reconhecesse a importância da fé cristã e o fim último sobrenatural, sua teoria política estipula que, em tudo aquilo que diz respeito a essa área, devemos nos basear naquilo que pode ser obtido através da razão e da experiência humana. Consideramos o Defensor Pacis como uma obra coesa, cuja finalidade está na exposição e combate aos erros da teoria da plenituto potestatis e, dessa forma, buscamos evitar o erro de considerar a obra a partir de uma leitura exclusiva da Prima Dictio. Ainda assim, acreditamos ser adequado defender que Marsílio opera uma imanentização da esfera política que, de certa forma, distancia-se significativamente daquilo que seus contemporâneos preconizaram.