Questões raciais e políticas presentes no romance A Mulata, de Carlos Malheiro Dias

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Carrijo, Fabrizia de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8150/tde-21112016-150023/
Resumo: Esta pesquisa propõe um estudo do romance A mulata (1896) de Carlos Malheiro Dias, focalizando a representação que a obra faz da questão racial no Brasil no final do século XIX, dentro de uma estética de cunho naturalista. A essa abordagem será conjugado o diálogo crítico-literário que o livro realizou com a intelectualidade brasileira e portuguesa daquele momento, o que gerou forte polêmica. Também será mantida no horizonte da análise a perspectiva antirrepublicana do autor. A mulata referendou um conjunto de preconceitos sobre a identidade nacional brasileira que fizeram escola em alguns setores de nossa intelectualidade e que se perpetuaram de forma explícita ou dissimulada por todo o século XX, preconceitos que elucidam muitos aspectos da maneira como os brasileiros se conceberam enquanto nação e como literariamente se autorrepresentaram. Apesar dessa conexão, a obra foi rejeitada pela intelectualidade brasileira, e é em busca dos motivos dessa rejeição que este trabalho se debruça.