Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1994 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ivana Stolze |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/20.500.11997/1253
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Resumo: |
"A noção de mestiço ou mestiçagem tornou-se muito recorrente no momento de constituição de algumas áreas da produção intelectual e acadêmica no Brasil da passagem do século XIX para o século XX, guiando as análises e ações desta produção. Fundada nas teorias raciais, no determinismo biológico, a noção de mestiço foi utilizada por disciplinas como a história, a antropologia, o direito, a medicina, nos movimentos aqui designados como de conhecer, regularizar e curar o Brasil e o brasileiro. A análise aqui empreendida a respeito do uso dessa noção parte de sua contextualização histórica, mostrando que seu conteúdo foi sucessivamente definido e redefinido a partir de algumas questões sociais que se colocavam para os intelectuais daquele momento: a relação entre ordem política e identidade nacional, a formação do trabalhador livre, o conhecimento da população, a formulação de políticas populacionais urbanas e rurais, a organização dos projetos de medicina pública, a discussão dos princípios do código penal. O mestiço não constitui uma realidade atemporal que teria sido descoberta pela produção intelectual, mas um objeto cuja realidade e significado condicionam-se por questões histórico-sociais específicas do contexto de ruptura e continuidade que caracteriza a implantação do regime republicano no Brasil." |