Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Floriano, Vitor Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17147/tde-19082020-224301/
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Resumo: |
A febre amarela é uma arbovirose (vírus transmitido por artrópodes) causada pelo vírus da febre amarela (YFV), que pertence à família Flaviviridae, gênero Flavivirus. O YFV possui dois ciclos de transmissão, um ciclo urbano e um ciclo silvestre, dependendo do vetor responsável pela transmissão viral. Assim como outros flavivírus, o YFV codifica uma poliproteína que é clivada em 3 proteínas estruturais e 7 não estruturais que, apresentam epítopos importantes para a resposta imunológica humoral e celular. A forma mais grave da doença é marcada pela insuficiência de múltiplos órgãos, com predomínio de insuficiência hepática e renal, embora os sistemas nervoso, cardiopulmonar e digestivo também sejam acometidos, este último com sangramento de grandes proporções, o que resulta no \"vômito negro\". As manifestações clínicas menos graves da febre amarela são comuns a outras infecções por flavivírus, como febre, mialgia, cefaleia, dor retroorbital, etc. Diferentemente das outras infecções por flavivírus, para a prevenção das infecções pelo YFV tem-se a vacina de vírus vivo atenuado (17D/17DD), desenvolvida em 1937e considerada, uma das vacinas mais imunogênicas disponíveis para prevenção de doenças. Entretanto, devido à alta reatividade cruzada do YFV com os vírus da dengue (DENV) e Zika (ZIKV), existe uma necessidade de se fazer o diagnóstico diferencial em relação a estas arboviroses. A NS3 é um proteína não-estrutural do YFV que possui uma das maiores imunogenicidades, comparada a proteína E. Estudos mostram que as proteínas não-estruturais possuem um papel interessante no diagnóstico diferencial de fase aguda de vários vírus. Este estudo buscou explorar o potencial de diagnóstico da NS3, mais especificamente o domínio da helicase, por apresentar a maior imunogenicidade quando comparado ao domínio da protease. O mapeamento de epitopos para reconhecimento de anticorpos mostrou que este domínio possui uma probalidade de 35% de ser um antígeno para resposta imune humoral. Das amostras testadas, 32/117 foram positivas para IgM pelo ELISA-NS3Hel, e 20/117 foram positivas para IgG. Analisando a abordagem diagnóstica para o teste, considerando as amostras PRNT positivas e negativas, o teste mostrou-se ter uma sensibilidade de 29,2% e uma sensibilidade de 100%, para IgM e para IgG foi observado 26% de sensibilidade e 100% de especificidade. Apesar da sensibilidade baixa, o teste foi totalmente especifico para YFV, não reagindo de forma cruzada com amostras de fase aguda de DENV e ZIKV. Porém, devido a positividade de IgM para pacientes vacinados a mais de 1 ano e a baixa positividade para IgG, afere-se que a NS3Hel não seja uma boa escolha para o diagnóstico de YFV, seja para avaliar uma resposta de fase aguda, ou para avaliar a soroconversão decorrente da vacinação e/ou infecção assintomática. |