Análise da resistência vocal antes e depois da prova de fala em idosos saudáveis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Olivan, Luiza de Castro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-11022020-133518/
Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar a condição aerodinâmica da voz antes e depois da prova de resistência vocal em idosos do sexo feminino acima de 60 anos. Para isso, participaram 32 idosos do sexo feminino, com idade acima de 60 anos, sem alteração vocal e laríngea e que não utilizam a voz profissionalmente. Foi aplicado um questionário para conhecimento da saúde vocal antes e depois da prova de fala, questionário de impacto vocal na qualidade de vida, registro da voz e auto avaliação da percepção auditiva, tátil e cinestésica da voz. Para a coleta de dados foi utilizada um texto padronizado para prova de fala contínua, que teve duração de no máximo 60 minutos. As idosas foram divididas em Grupo I (GI), aquelas que realizaram a prova de fala por tempo menor que 60 minutos, e Grupo II (G II), composto por aquelas que realizaram a prova por 60 minutos. Quanto aos resultados dos parâmetros acústicos, apenas o sAPQ apresentou aumento significativo (p=0,006) quando comparado os dois grupos com tempo de prova de fala. Os parâmetros aerodinâmicos medidos no protocolo de Eficiência Vocal apresentaram diferença significante quando comparados os grupos para FAExp (p=0,001) e quando comparados os tempos para FAExp, fluxo de ar desejado (p=0,02), fluxo do ar durante a vocalização (p=0,01), resistência aerodinâmica (p=0,04) e impedância acústica (p=0,04) e ao comparar grupo versus tempo para pico do FAExp (p=0,01), fluxo aéreo desejado (p=0,01), volume expiratório (p=0,009) e fluxo de ar edurante a vocalização (p=0,01). No protocolo de Tempo Máximo de Fonação apresentaram diferença significante quando comparados os grupos para pico de FAExp (p=0,01) e média do FAExp (p=0,02) e quando comparados os tempos para média da f0 (p=0,02). Quanto a Capacidade Vital Pulmonar não houve diferença. A intensidade vocal, habitual, fraca e forte também não se modificou. A partir dos resultados obtidos empregando-se o IDV, encontrou-se aumento significativo no IDV total (p=0,02), IDV funcional (p=0,02) e IDV orgânico (p=0,03). Na ESV encontrou-se aumento significativo no ESV total (p=0,01), ESV limitação (p=0,01) e ESV físico (p=0,01). No IFV encontrou-se aumentoesiresumo significativo apenas no IFV total (p=0,004). Na auto-avaliação perceptivo auditiva e tátil cinestésica da voz encontrou-se aumento significante pós prova de fala em perguntas referentes a voz rouca (p=0,03) e maior esforço para falar (p=0,04). Conclui-se que a prova de fala contínua promoveu alteração apenas na medida acústica nível do quociente de perturbação da amplitude - sAPQ. As medidas aerodinâmicas se modificaram entre os grupos e os tempos de avaliação em parâmetros dos protocolos Eficiência Vocal e Tempo Máximo de Fonação. Houve aumento dos escores do IDV, IFV e ESV e os sintomas perceptuais auditivos e tátil-cinestésicos apresentaram piora em relação a rouquidão e esforço vocal.