Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Godoy, Juliana Fernandes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-08082016-182646/
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Resumo: |
A terapia vocal é a opção inicial de tratamento em casos de alterações vocais decorrentes do envelhecimento. Existem poucas propostas de intervenção específicas para esta situação e as análises dos seus efeitos são limitadas. O tratamento ocorre tradicionalmente na frequência de uma ou duas vezes semanais, no entanto algumas propostas sugerem uma abordagem intensiva, não havendo clareza quanto à melhor forma de aplicação. Sendo assim, este estudo tem o objetivo de verificar os efeitos de um programa de Terapia Vocal para idosos (TVI) e se há diferenças entre a administração do tratamento no formato intensivo e convencional. Foram encaminhados para terapia vocal 27 idosos randomizados em dois grupos, sendo que o Grupo Intensivo (GI) realizou 16 sessões quatro vezes por semana e o Grupo Convencional (GC), 16 sessões duas vezes semanais. Para a comparação dos efeitos da terapia foram avaliados os aspectos de qualidade de vida por meio do protocolo Qualidade de Vida em Voz (QVV), qualidade vocal por meio da avaliação perceptivoauditiva e laríngeos por meio da análise perceptivo-visual dos exames. O profissional que aplicou o tratamento foi cego quanto aos procedimentos de avaliação, realizados na semana anterior ao início dos atendimentos, na semana seguinte ao término do mesmo e um mês após. O programa TVI envolveu exercícios de diversas técnicas com potencial para melhorar os aspectos vocais impactados pelo envelhecimento Finalizaram o tratamento 25 idosos, 13 do GI e 12 do GC. Os resultados evidenciaram melhora quanto a qualidade de vida relacionada a voz e em relação à qualidade vocal, mas não nos aspectos laríngeos. Após um mês foi mantida a melhora no QVV e na qualidade de voz, soprosidade e instabilidade durante emissões sustentadas e qualidade vocal e rugosidade na fala. Não foram observadas diferenças entre a terapia intensiva e convencional à exceção do arqueamento de pregas vocais que diminuiu em 38,46% dos participantes do GI e em nenhum do GC. A conclusão do estudo é de que o programa TVI traz benefício na qualidade de vida relacionada a voz e na qualidade vocal de idosos, de maneira que a melhora é observada imediatamente e um mês após o tratamento. Além disso, a terapia no formato intensivo traz benefícios semelhantes à terapia convencional, porém o modelo intensivo pode trazer mais benefícios em relação ao arqueamento de pregas vocais. Os aspectos individuais de cada paciente devem ser considerados no momento da escolha da frequência do tratamento. |