Análise comparativa da voz em jovens mulheres antes e depois da prova de fala contínua

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Pereira, Patricia Moraes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17151/tde-20072016-143744/
Resumo: OBJETIVO: Comparar a voz de mulheres antes e depois de 60 e 90 minutos de prova de fala contínua, e após repouso de 15 minutos. MÉTODOS: Trinta e uma mulheres com idade entre 18 e 25 anos, foram submetidas à tarefa de resistência fonatória, utilizando-se da leitura de um texto padrão por 90 minutos, repetido até que o tempo se esgotasse. Antes da tarefa de fala contínua, após 60 minutos, após 90 minutos, e depois de 15 minutos de repouso vocal absoluto, aplicou-se questionário para conhecimento do bem estar vocal, registrou-se a emissão prolongada da vogal \"a\", para posterior extração das medidas acústicas e da análise perceptivo-auditiva com o uso da escala GIRBAS. A seguir, fez-se a mensuração das medidas do sistema aéreo fonatório, empregando os protocolos: capacidade vital pulmonar (CVP), tempo máximo de fonação (TMF) e a eficiência vocal (EV). A intensidade vocal foi registrada com decibelímetro e a auto-avaliação da percepção auditiva, tátil e cinestésica da voz com o uso de uma escala visual analógica de 100mm. RESULTADOS: Após 60 minutos de fala, aumentou a frequência fundamental (f0) de 215,4 para 220,2Hz (p<0,01), a ATRI (p=0,04) e a NHR (p=0,03), e com 90 minutos, a f0 variou de 215,4 para 223,6Hz (p<0,01), aumentando também a Fhi (p= 0,04) e a Flo (p= 0,02), e diminuindo a APQ (p=0,01) e a VTi (p=0,04). Comparando as medidas observadas na pré-prova e após o repouso, aumentaram f0 (p<0,01), Fhi (p=0,02) e Flo (p=0,03). Entre os tempos 60 minutos e após o repouso, houve aumento da PPQ (p=0,04), da ATRI (p=0,06) e da NHR (p=0,02). Para 90 minutos e repouso, a PPQ (p=0,03) e a Fatr (p=0,04) aumentaram. Vinte e sete participantes apresentaram grau geral da disfonia 1 tanto para 60 minutos, quanto para 90 minutos, e quatro passaram a apresentar grau 2 em 90 minutos (p=0,04). O parâmetro instabilidade alterou de grau 1, com 60 minutos, para grau 2, com 90 minutos de fala contínua (p=<0,01). A intensidade habitual aumentou (p<0,01) de 61,4 para 63,4dB após 90 minutos. Após o repouso, houve diminuição da intensidade (p=0,01), em relação ao pré-prova. Nas medidas observadas pelo sistema aéreo fonatório, o fluxo de ar expiratório diminuiu após 90 minutos de fala (p=0,04), aumentando depois do repouso (p=0,04). Após 90 minutos de fala a f0(Hz) aumentou 211,85 para 221,54 (p<0,01). A resistência aerodinâmica, impedância acústica e eficiência aerodinâmica aumentaram após 60 e após 90 minutos de fala. A auto avaliação perceptivo-auditiva e tátil-cinestésica da voz, observou que após 90 minutos de fala contínua todos os sintomas pioram, exceto a rouquidão e a voz grave. CONCLUSÃO: Houveram alterações das medidas acústicas após tarefa de fala contínua. O grau geral da disfonia e a instabilidade vocal aumentaram após 90 minutos de fala contínua. As medidas aerodinâmicas se comportaram de forma divergente entre os protocolos utilizados e os tempos de avaliação. A intensidade vocal habitual aumentou após 90 minutos de fala contínua e os sintomas perceptuais auditivos e tátil-cinestésicos aumentaram após a tarefa de fala contínua