Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Gláucia Fernanda de Lima |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-26062024-144703/
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Resumo: |
A herdabilidade no câncer de próstata é pouco explorada em indivíduos miscigenados. A população brasileira apresenta uma miscigenação étnica única composta pelas ancestralidades europeia, africana e ameríndia. Assim, no presente estudo, nós exploramos o espectro e a frequência de variantes germinativas em genes de predisposição ao câncer em uma coorte de pacientes brasileiros com câncer de próstata. Foram incluídos 69 pacientes com câncer de próstata e realizado sequenciamento de nova geração (NGS) para avaliar um painel de 113 genes de predisposição ao câncer. A coorte foi composta por 51,5% de indivíduos autodeclarados como homens pardos miscigenados. Cinquenta e cinco por cento dos pacientes relataram história familiar de câncer; 30%, história familiar de câncer de próstata; 16%, história familiar de câncer de mama, ovário, pâncreas, endométrio e intestino. Esta coorte compreendia principalmente pacientes com doença de alto risco (92.75%). Onze (16%) pacientes eram carreadores de variantes germinativas patogênicas em: ATM, BRCA2, CASR, CHEK2, DICER1, ERCC2, FANCA, MSH6, PMS2, RINT1 e XPC. Todos os genes foram alterados em um único paciente, exceto por ATM, alterado em dois pacientes. Oitenta e dois por cento das variantes ocorreram em genes de reparo do DNA. Não foram observadas diferenças estatísticas entre os grupos de carreadores e não carreadores para: idade, história familiar de câncer, IMC, Escore de Gleason, ou metástases à distância. O seguimento mediano foi de 47,91 meses e a sobrevida mediana não foi alcançada. No período foram observados 27 óbitos. Houve diferença na sobrevida global de pacientes de acordo com estadiamento e PSA iniciais, mas não em relação ao estado de carreador de variantes patogênicas em genes de predisposição ao câncer. Em uma coorte brasileira miscigenada, com predominância de pacientes pardos, um amplo espectro de genes mostrou-se afetado, compreendendo tanto genes classicamente associados ao câncer de próstata, quanto novos candidatos. Estes dados indicam que a população brasileira merece estudos adicionais para ampliar o conhecimento sobre a contribuição da predisposição genética para o desenvolvimento de câncer de próstata |