Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Rodrigues, Lívia Munhoz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5155/tde-15102024-121809/
|
Resumo: |
Avaliamos o espectro e a frequência de variantes germinativas patogênicas em uma coorte de pacientes brasileiros com adenocarcinoma pancreático, que representa uma população multiétnica. MÉTODOS: Foram incluídos 192 pacientes com câncer de pâncreas não selecionados por histórico familiar de câncer. Usamos sequenciamento de DNA genômico para avaliar um painel de 113 genes de câncer e PCR multiplex com 46 marcadores informativos de ancestralidade para determinar a ancestralidade genética. RESULTADOS: A mediana de idade foi 61 anos; 63% apresentavam doença avançada; 8,3% relataram histórico pessoal de câncer; 4,7% e 16,1% relataram um parente de primeiro grau com câncer de pâncreas ou câncer de mama e/ou próstata, respectivamente. Embora a ascendência principal fosse europeia, houve considerável mistura na composição genética. Trinta e sete pacientes (19%) eram portadores de variantes germinativas patogênicas em 24 genes, entre os quais, 6% em genes de predisposição (ATM, BRCA1, BRCA2, CDKN2A, MSH2, PALB2) e os outros 13% em genes com associação limitada ou não previamente associados ao câncer de pâncreas (ACD, BLM, BRIP1, CHEK2, ERCC4, FANCA, FANCE, FANCM, GALNT12, MITF, MRE11, MUTYH, POLE, RAD51B, RAD51C, RECQL4, SDHA, TERF2IP), sendo 28 (14,5%) variantes em genes relacionados à via de reparo homólogo do DNA. Os genes mais frequentemente afetados foram CHEK2, ATM e família FANC. Não houve diferença na frequência de variantes germinativas patogênicas entre: pacientes que relataram ou não parentes de primeiro grau com câncer; pacientes com predominância de ascendência europeia ou não europeia. Não houve diferença na sobrevida global para portadores de variantes germinativas patogênicas versus não portadores, considerando todos os genes e genes de reparo homólogo do DNA. CONCLUSÕES: Em uma coorte de pacientes de ascendência mista com câncer de pâncreas, 19% eram portadores de variantes germinativas patogênicas. Testes genéticos devem ser oferecidos a todos os pacientes brasileiros com câncer de pâncreas, independentemente de sua histórico familiar de câncer. Genes com associação limitada ou previamente não reconhecida no câncer de pâncreas devem ser investigados mais a fundo para esclarecer seu papel no risco de câncer |