A ressonância nuclear magnética de coração na avaliação atrial do coração de atleta

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bassaneze, Bruno
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/98/98132/tde-26122019-161245/
Resumo: A avaliação biatrial é parte integrante da caracterização do Coração de Atleta. A utilização cada vez mais frequente da ressonância magnética de coração (RMC) implica em reconhecimento de padrões de normalidade para essas câmaras cardíacas, bem como a necessidade de estabelecimento de correlação clínica com as medidas encontradas. Para tal fim, objetivou-se realizar a avaliação morfofuncional biatrial em atletas e esportistas corredores de provas de fundo e compará-las com indivíduos sedentários e hígidos da mesma faixa etária e gênero. Foi realizado estudo observacional e retrospectivo, no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia (IDPC) e analisadas ressonâncias magnéticas de coração de 25 atletas e esportistas, do gênero masculino, com idade entre 30 e 60 anos e comparadas com a de 10 sedentários, de mesmo gênero e faixa etária. Para ambos os átrios foram avaliados volumes diastólico final (VDF) e sistólico final (VSF) e fração de ejeção, além das medidas de espessura de septo interatrial (SIA) e diâmetro anteroposterior do átrio esquerdo (AE). A análise da RMC resultou na identificação de relevante alteração das câmaras cardíacas estudadas na comparação entre atletas e sedentários. Em detalhes, foram encontradas diferenças estatísticas nos seguintes parâmetros: VDF de átrio direito (AD) de 105,56 mL ±24,86 para atletas e 69,90 mL ±8,9 para sedentários (p valor<0,001), VSF de AD de 62,72 mL ±21,18 para atletas e 39,10 mL ±7,46 para sedentários (p valor<0,001), VDF de átrio esquerdo (AE) de 82,96mL ±33,25 para atletas e 63,4 mL ±14,15 para sedentários (p valor<0,03) e menores valores de SIA sendo 2,42mm ±0,74 para atletas e 3,21mm ±1,24 para sedentários (p valor<0,04). Não houve diferença na avaliação das demais medidas de câmaras, de função atrial através da fração de ejeção e não foi possível a correlação com dados clínicos. Dessa forma, o presente estudo demonstra importante dilatação biatrial, sendo mais expressiva para o átrio direito na avaliação do coração de atleta pela ressonância magnética de coração, sem presença de prejuízo na função biatrial avaliada pela fração de ejeção.